Carnaval no Sambódromo do Anhembi (SP) começa nesta sexta (28)
O segundo local mais visitado neste carnaval – atrás apenas do Rio de Janeiro -, será São Paulo e seus arredores (Santos, Guarujá, Ubatuba e Ilha Bela), com 960 mil turistas e um acréscimo de R$ 885 milhões na economia. Na maior metrópole do País, os festejos são muito parecidos com os que acontecem no Rio. Luxo e beleza das escolas de samba, e ainda os desfile de blocos e festas em clubes. No sábado, acontece o desfile do grupo especial de São Paulo, no sambódromo do Anhembi.
Serão 14 escolas de samba, sete somente nesta sexta-feira (28), que esperam os mais de 110 foliões que deve comparecer ao sambódromo durante o carnaval.
Já nas ruas, serão 170 blocos que vão desfilar nas calçadas paulistanas. Uma gama de opções para turistas – 12,9% do público -, moradores da capital – 77,4% - e para aqueles que saem de cidades da região metropolitana – 9,7%. São dados do levantamento divulgado pela São Paulo Turismo (Spturis) sobre o perfil dos expectadores.
Para quem não quer apenas pular carnaval, mas também conhecer um pouco mais da sexta cidade mais populosa do mundo, alternativas não vão faltar:
Monumentos culturais
Igreja de São Miguel Paulista
A Igreja de uma nave, capela-mor e cobertura de telha vã (em duas águas) com madeiramento aparente, foi construída em taipa de pilão. Seu interior possui peças torneadas de jacarandá. A pedido dos franciscanos, foi reformada em 1691 e no século XVIII. O pé direito da capela foi elevado de quatro para seis metros, fazendo com que a cobertura da varanda lateral da igreja ficasse mais baixa, o que possibilitou a criação das janelas do coro. Foi um dos primeiros edifícios tombado pelo IPHAN, em 1938.
Casa Modernista de Warchavchik
A Casa Modernista, projetada e construída em 1927, por Gregori Warchavchik (1896-1972), foi a primeira edificação que empregou os princípios racionais do arquiteto francês Le Corbusier. O sobrado, de linhas retas, em forma de cubos e planos, característica da arquitetura moderna, possui cobertura com telhas coloniais, embutidas por platibandas. Os detalhes das esquadrias, tanto em madeira quanto em ferro, foram desenhados por ele e executados em sua própria oficina. O jardim foi projetado por sua mulher, Mina Klabin, com uma área de 12 mil metros quadrados com plantas típicas brasileiras.
Conjunto do Ipiranga: Parque da Independência
O Parque da Independência, inaugurado em 1988 no bairro do Ipiranga faz parte do patrimônio histórico nacional brasileiro. Abriga o Museu do Ipiranga, o Monumento à Independência, jardins e a Casa do Grito. Um jardim projetado em estilo francês une o museu e o monumento aos outros edifícios existentes no local, que abrigam um viveiro de plantas e um museu de zoologia. Localizado em terreno rebaixado, o jardim proporciona grande impacto visual em conjunto com o prédio do Museu.
Conjunto do Ipiranga: Museu Paulista
O edifício eclético do Museu, de autoria do engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezziser, foi concebido como um monumento comemorativo da independência do país.
Conjunto do Ipiranga: Monumento à Independência
De autoria do escultor italiano Ettore Ximenes, é um conjunto escultórico em granito e bronze. Localiza-se às margens do Riacho do Ipiranga, no sítio histórico onde Dom Pedro I, imperador do Brasil, proclamou a independência do país do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 7 de setembro de 1822.
Conjunto do Ipiranga: Casa do Grito
Uma singela construção de pau a pique, foi reconstruída em 1955 de conformidade com a cena concebida por Pedro Américo em sua conhecida obra sobre a Independência do Brasil.
Masp - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
O Museu de Arte de São Paulo foi criado por Assis Chateaubriand que o instalou, inicialmente, em 1947, nas dependências dos Diários Associados. Durante a administração de Adhemar de Barros, em 1959, a Prefeitura cedeu uma área do Trianon para a construção da sede definitiva do museu, inaugurado em 7 de novembro de 1968. O edifício sede do museu é um ícone da cidade de São Paulo. Em 2003 foi tombado pelo IPHAN. Além de museu, o MASP é um centro cultural que proporciona diversas atividades ao público, como escola de arte, ateliês, espetáculos de dança, música e teatro, palestras e debates, cursos para professores, entre outras tantas atividades realizadas durante todo o ano.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
O conjunto é formado pela igreja e pela antiga residência dos padres, conjugadas numa mesma edificação. O desenho das portas e janelas cria uma delicada movimentação da fachada. Trata-se de um dos mais importantes e preservados remanescentes das construções jesuítas em São Paulo, caracterizadas pela simplicidade das linhas retas. A Igreja foi construída por volta de 1700 pelo padre Belchior de Pontes, para substituir a uma capela que ficava na fazenda de Catarina Camacho, também dedicada à Nossa Senhora do Rosário, padroeira do município de Embu. Ela foi feita em taipa de pilão com trabalhos de pintura na capela principal e na sacristia. Entre 1730 e 1734, os jesuítas constroem a sua residência anexa à igreja, formando um conjunto arquitetônico contínuo de linhas retas e sóbrias. No século XIX, o conjunto arquitetônico dos jesuítas do Embu ganha várias esculturas sacras e entalhes do padre Macaré, também conservados na igreja e no museu de arte sacra.
Vila Ferroviária de Paranapiacaba
Paranapiacaba significa em tupi-guarani lugar de onde se vê o mar. Em um dia claro, esta era a visão que tinham os povos indígenas que passavam por ali, depois de subir a Serra do Mar rumo ao planalto. No século XIX, naquele caminho íngreme utilizado pelos índios, desde os tempos pré-coloniais, foi construída uma estrada de ferro que mudou a paisagem do interior paulista e propiciou a fundação da vila de Paranapiacaba. A vila era inicialmente um acampamento de operários. Depois da inauguração da ferrovia, em 1867, houve a necessidade de se fixar parte deles no local para cuidar da manutenção do sistema. Em 2002, foi tombada pelo IPHAN como patrimônio cultural do Brasil.
Palácio dos Azulejos
É um edifício histórico localizado no Centro da cidade de Campinas (SP), no cruzamento das ruas Ferreira Penteado e Regente Feijó. Tem esse nome em função de seu revestimento de azulejos portugueses no pavimento superior. Foi construído em 1878, para servir de moradia a Joaquim Ferreira Penteado, barão de Itatiba. Em 1908, o prédio foi doado pelos sucessores do barão ao município e passou a abrigar o Fórum e na sede da Prefeitura Municipal, que ficou no prédio até 1968, quando o Palácio dos Jequitibás foi concluído. Em 1967, o Palácio dos Azulejos obteve o reconhecimento federal, estadual e municipal, e foi tombado pelo IPHAN.
Teatro Oficina
Fundado em 1958 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo por Amir Haddad, José Celso Martinez Correa e Carlos Queiroz Telles, o Teatro Oficina Uzyna Uzona, ou simplesmente Teatro Oficina fica no bairro do Bixiga. O espaço reuniu grandes artistas e também foi o cenário do lançamento de um importante manifesto da cultura brasileira, o Tropicalismo, versão na década de 1970 do movimento antropofágico de Oswald de Andrade, que influenciou músicos, poetas e outros artistas. O local foi transformado em teatro público estadual em 1984, sob administração do Grupo Oficina. Já bem diferente de suas feições originais, o prédio foi reconstruído em 1986, com base em projeto da arquiteta Lina Bo Bardi, que manteve a fachada simplória de uma casa do Bexiga, mas ergueu no interior arquitetura de desenho moderno. O Teatro foi tombado pelo IPHAN em 2010 por seu valor histórico e arquitetônico.
Estação da Luz
Localizada no bairro da Luz, foi construída no fim do século XIX com o objetivo de sediar a recém-criada Companhia São Paulo Railway, de origem britânica. Sua maior importância, no entanto, era na condição de infraestrutura econômica para o país: por ali passava o café que seguia para o porto de Santos para exportação. A Estação da Luz também recebia bens de consumo e de capital importados que abasteciam a cidade, ainda pouco industrializada. A estação reflete o momento histórico em que foi construída, evidenciando o poder do café na trajetória de expansão da cidade. Erguida junto ao Jardim da Luz, por décadas a sua torre dominou parte da paisagem central paulistana. A Estação da Luz foi tombada pelo IPHAN em 1996.
Igreja e Mosteiro de São Bento
O Mosteiro de São Bento, localizado no Largo de São Bento, no Centro de São Paulo, é um dos edifícios históricos mais importantes da cidade. Forma um conjunto com a Basílica Abacial de Nossa Senhora da Assunção, o Colégio de São Bento e a Faculdade de São Bento. Os monges vivem em oração, estando sempre de prontidão para receber hóspedes e visitantes, acolhendo ainda os que vêm à vida de oração, retiro, ou os que procuram orientação espiritual ou confissão. A Igreja de São Bento foi construída em 1598.
Fazenda Resgate
É uma antiga fazenda de Café que fica no município de Bananal (SP). A casa, construída em meados do século XVIII, baseada no estilo senhorial português (com apenas um pavimento) e adaptada à solução mineira de produção de café da primeira metade do século XIX (já com dois pavimentos, porém sem nenhum requinte), ganhou fachada neoclássica com uma escada central em cantaria. Os materiais de construção empregados na reforma também diferem dos utilizados em sua construção: o primeiro pavimento é feito em pedra e pau-a-pique e o segundo com tijolos de adobe. Dessa forma, a Fazenda Resgate transforma-se em um monumento preservado da história do Brasil. É tombada pelo IPHAN e considerada uma das cem mais belas e importantes edificações da história do Brasil.
Casa Candido Portinari
Instalada na cidade de Brodowski (SP), o imóvel e seus anexos não foram levantados de uma só vez. São resultado de ampliações sucessivas, tratando-se de uma construção extremamente simples em sua estrutura. No interior da residência, na área dos jardins, encontra-se a Capela da Nonna, feita pelo artista para sua avó rezar. Na capela, Portinari pintou os santos prediletos da avó, mas todos eles com fisionomias de pessoas da sua família. A temática das obras é predominantemente sacra. Exceto as primeiras experiências nesse gênero de pintura, as obras de Portinari do acervo da casa são religiosas. O IPHAN tombou a Casa de Portinari em 9 de dezembro de 1968.
Aldeia de Carapicuiba
A Aldeia de Carapicuíba é o nome dado a um centro histórico localizado ao Sul do município de Carapicuíba (SP). Embora bastante povoado por indígenas, suas terras se restringiram a duas léguas em torno da Capela Santa Cruz. Foi criada pelos padres jesuítas que tomaram posse da terra, doada por um fazendeiro e sua esposa, em meados de 1759. Entretanto, sua fundação é considerada oficial em 12 de outubro de 1580. A Aldeia é tombada como patrimônio histórico Nacional.
Sitio Mandú
A Casa do Sítio do Mandú, tombada pelo IPHAN, constitui marco importante do ciclo bandeirista-jesuítico e também tropeiro na cidade de Cotia (SP). É um exemplar da arquitetura rural paulista do século XVII, e destaca-se por apresentar uma varanda nos fundos da casa e sinais de piso assoalhado. A capela interna possui pintura seiscentista na cúpula do altar-mor. O terreno é composto por uma casa de estilo colonial, com quatro quartos e dois alpendres, um na frente, fazendo parte da área social, e outro atrás para serviços domésticos. A palavra mandú deriva do tupi, Mandu’aha, e significa carga ambulante.
Centro Histórico de São Luiz do Paraitinga
Com arquitetura em estilo colonial, a cidade preserva características da época dos barões do café. O Centro agrega casarões, ladeiras, capelas, praças, coretos e fontes. O tombamento feito pelo IPHAN em 2010 abrange o centro histórico e a preservação visual do entorno da cidade, que tem montanhas da Serra do Mar.
Fonte:
Portal Brasil
28/02/2014 19:45
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