"CASTELLO É UM FAROL PARA TODOS OS BRASILEIROS", AFIRMOU SUPLICY
Eduardo Suplicy registrou o ingresso de Castelinho, como era chamado pelos amigos, no jornalismo. Ao concluir o curso ginasial, foi mandado de Teresina, sua cidade natal, para Belo Horizonte, para estudar Direito. Quando sua mesada foi cortada, Castello foi obrigado a procurar emprego e o acaso fez com que entrasse para a redação do jornal Estado de Minas, onde passou a fazer reportagens de polícia.
Em 1945, recordou Eduardo Suplicy, Castello mudou-se para o Rio de Janeiro para trabalhar em O Jornal. Cinco anos depois já atuava como jornalista político do Diário Carioca. Em 1953 tornou-se chefe de redação da Tribuna da Imprensa. A Coluna do Castello estreou em 1962, na Tribuna da Imprensa e, a partir do ano seguinte, passou a ser publicada no Jornal do Brasil.
- Quando morreu, em 1º de junho de 1993, sua coluna era uma referência diária para o mundo político brasileiro. Sua influência e autoridade eram enormes. Em Brasília, nos últimos anos, muitos foram os ministros, parlamentares e até presidentes que telefonavam para o Castelinho para informar-se, justificar-se ou pedir um desmentido - lembrou Eduardo Suplicy.
Em aparte, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse considerar Carlos Castello Branco o maior jornalista da História do Brasil. Ele acrescentou que nenhum outro profissional da área conseguiu tanto prestígio, autoridade e credibilidade. "A começar pelo presidente da República, as pessoas não saíam de casa sem antes ler a Coluna do Castello". Simon também destacou a importância de Castello na luta pela democracia.
14/06/2000
Agência Senado
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