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O início da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa desta quinta-feira (6) foi marcado pela homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer. Idealizador dos grandes monumentos de Brasília e de diversas obras de arte contemporânea espalhadas por todo o mundo, Niemeyer faleceu na noite desta quarta-feira (5), no Rio de Janeiro, aos 104 anos, em decorrência de uma infecção respiratória.

O presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), pediu aos participantes um minuto de silêncio para registrar o luto, seguido de uma salva de palmas.

- Niemeyer foi um homem que nunca negou suas origens. Foi um dos maiores arquitetos do Brasil, o arquiteto do planeta – disse Paim.

Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), talvez nenhum outro brasileiro seja lembrado por tanto tempo quanto Niemeyer. Ele atribuiu a comoção causada pela morte de Oscar Niemeyer ao talento do arquiteto, a sua capacidade de surpreender até as últimas obras e ao fato de ser ele, até o fim da vida, um utopista.

Cristovam também observou que Niemeyer só aprendeu a desenhar como desenhava porque pôde passar por uma escola.

- Esperamos fazer desse Congresso Nacional [prédio projetado por Niemeyer] um instrumento das transformações sociais e econômicas que ele tanto desejava – disse Cristovam.

O corpo de Oscar Niemeyer, que será enterrado no Rio de Janeiro, onde o arquiteto vivia com a família, será velado em Brasília, no Palácio do Planalto, na tarde desta quinta-feira.

Durante a audiência da CDH, foi exibido o documentário “Niemeyer por Niemeyer – 100 anos de história”, produzido pela TV Senado por ocasião do centenário do arquiteto. O programa, que está disponível na página da TV Senado na internet (www.senado.leg.br/noticias/TV/), voltará a ser exibido pela emissora neste fim de semana, no sábado, às 16h30, e no domingo, às 22h.

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