CE comemora os 50 anos de conquista da Copa do Mundo de 1958
Os 50 anos de conquista da primeira Copa do Mundo para o Brasil, realizada na Suécia em 1958, foram comemorados nesta quarta-feira (25) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A audiência pública - que contou com a presença de Zagallo, Djalma Santos, Pepe, Zito, Mazzola, Dino Sani, Moacir, De Sordi e Orlando - faz parte da Semana de Comemoração da Copa da Suécia, realizada pelo Senado em parceria com os governos do Distrito Federal e federal. A programação estende-se até sábado (28) e inclui a exibição do filme Pelé Eterno, no Cine Brasília.
Emocionado, o presidente da CE, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), abriu a reunião observando que o colegiado prestava uma homenagem a "autênticos heróis brasileiros". Para o senador, os jogadores que conquistaram a Copa da Suécia "são mitos que ainda enchem de orgulho e alegria o coração dos brasileiros".
Após pedir um minuto de silêncio em memória aos atletas de 58 que já faleceram - entre eles Garrincha -, Cristovam Buarque chegou a propor que os nomes dos jogadores fossem inseridos no livro dos Heróis da Pátria, no Panteão da Liberdade, localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A reunião da CE contou com a presença do comentarista esportivo Luiz Mendes; do jogador sueco de 58 Kurt Hamrin; e de um dos organizadores da Copa da Suécia, Bengt Agren.
Os senadores decidiram oferecer o minuto de silêncio também à memória da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, que faleceu na noite desta terça-feira (24).
Futebol arte
O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), autor do requerimento que resultou na homenagem, em conjunto com o senador Virgínio de Carvalho (PSC-SE), observou que o futebol apresentado pela seleção brasileira na Copa de 58 "transformou o esporte mais popular do Brasil em arte, sendo reconhecido pelo mundo todo".
O senador João Pedro (PT-AM) disse que a beleza do futebol mostrado na Suécia pelos brasileiros contribuiu para que o esporte fosse consolidado no planeta, enquanto o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) afirmou que os jogadores da seleção de 58 foram "os primeiros embaixadores do Brasil, levando o nome do país mundo afora".
O senador Adelmir Santana (DEM-DF) classificou os jogadores da seleção de 58 de "heróis nacionais". Já o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) observou que a organização imposta, na época, pelo dirigente Paulo Machado de Carvalho, da então Confederação Brasileira de Desportos (CBD), foi uma das principais alavancas para que o selecionado nacional conquistasse a taça Jules Rimet. Ele aproveitou a oportunidade para cobrar maior organização no atual futebol brasileiro.
"Vocês são para todos nós uma referência", foi como o senador Raimundo Colombo (DEM-SC) classificou os atletas presentes. O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que nunca imaginou que estaria diante dos heróis de 58. E concluiu agradecendo um a um aos atletas presentes, com um "muito obrigado pela conquista". O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) lembrou que a vitória na Copa da Suécia "elevou a auto-estima do Brasil e de todo o povo brasileiro".
Ao final, a comissão entregou aos jogadores uma placa comemorativa de campeão pela conquista da Copa do Mundo de 1958. Alegando questões particulares, deixaram de comparecer à solenidade Edson Arantes de Nascimento, o Pelé; Bellini, Nilton Santos, o goleiro Gilmar e o presidente de honra da Federação Internacional de Futebol Association (Fifa), João Havelange.25/06/2008
Agência Senado
Artigos Relacionados
Começa homenagem aos 50 anos da conquista da Copa de 1958
Brasil na Copa do Mundo de 1958
Audiência é uma das atividades da Semana de Comemoração aos 50 anos da Conquista da Copa do Mundo
Brasileiro conquista prata na Copa do Mundo de Vela
Ginasta conquista pela primeira vez medalha em Copa do Mundo
Beneficiado do Bolsa-Atleta conquista ouro em etapa da Copa do Mundo de Ginástica