Cecília defende retomada das atividades da Usina Jacuí I
"Não podemos desperdiçar os recursos públicos já aplicados na Jacuí I. É preciso retomar a sua construção e com isso incrementar a geração de energia, criar empregos e renda para a região carbonífera do Estado." A afirmação é da presidente da Comissão de Finanças e Planejamento da Assembléia, Cecilia Hypolito (PT), que estará em Charqueadas nesta quarta-feira, para tratar da situação da usina.
Cecilia participa da reunião da Comissão de Economia e Desenvolvimento, às 9h, na sede da usina, na RS-401, quilômetro 27. O tema voltou a ser tratado na última quinta-feira, quando a Comissão de Finanças reuniu trabalhadores, empresários, integrantes da Secretaria de Minas e Energia do Estado e da Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), e deputados de vários partidos, em Porto Alegre.
Por consenso, eles decidiram enviar um manifesto ao Ministério das Minas e Energia e ao Congresso Nacional, solicitando apoio a um substitutivo do deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), que tramita na Câmara Federal, e garante a manutenção da CCC (Conta de Consumo de Combustível), uma espécie de subsídio pago por distribuidoras estatais e privadas a empresas geradoras de energia para o custeio da produção de combustível.
O manifesto também cobra do governo Federal o controle da importação de carvão, como forma de estimular a produção e a geração de emprego e renda dentro do País. O terceiro ponto da carta sugere que a Gerasul - administradora da usina Jacuí I - repasse regularmente informações de sua operação e uso do carvão no Estado à Fundação de Proteção do Meio Ambiente (Fepam).
A usina está abandonada há mais de uma década, com equipamentos armazenados e a construção civil parada em cerca de 60%. Segundo Cecilia, a retomada das atividades de Jacuí I deve ter repercussão na economia da região Sul, de forma especial, já que a usina poderia abastecer-se de carvão de Candiota.
Cecilia afirma que o governo Federal é o culpado pela iminência do caos energético no País. "Não poderíamos acabar de outra maneira. Se hoje sofremos o risco de um colapso é porque há décadas o governo Federal não investe na instalação de usinas térmicas e hídricas e na distribuição de energia", afirmou a parlamentar. Ela considera que o consenso entre trabalhadores, empresários e setor público gaúchos sobre as causas da crise e as saídas para o problema diferencia a postura do Rio Grande do Sul da política federal.
05/22/2001
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