Centro Paula Souza tem unidade premiada em concurso do Sebrae
A Escola Técnica (Etec) Professor Carmelino Corrêa Júnior, de Franca, obteve o segundo lugar
O Centro Paula Souza, autarquia que administra as escolas técnicas estaduais de São Paulo, teve uma de suas unidades premiada na primeira participação no Prêmio Técnico Empreendedor 2008, concedido em parceria pelos Ministérios da Educação, Agricultura e Sebrae Nacional.
Na edição 2008 do prêmio, a Escola Técnica (Etec) Professor Carmelino Corrêa Júnior, de Franca, obteve o segundo lugar no tema Cooperativismo, com o projeto Quitanda Es’cológica – iniciativa de professores e alunos de Agricultura e Pecuária que consiste na venda da produção excedente de produtos orgânicos da escola aliada à ação educativa e empreendedora para fortalecer a Cooperativa-Escola e levar bem-estar e conscientização à comunidade escolar e do entorno.
A entrega do prêmio ocorreu em Brasília, no Hotel San Marco, na quinta-feira, 30 de setembro, com participação do presidente do Sebrae nacional, Paulo Okamotto, do ministro interino da Agricultura, Silas Brasileiro, e do secretário substituto de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Getúlio Marques Ferreira.
O MEC e o Ministério da Agricultura foram parceiros do concurso, para o qual foram inscritos para os três temas (Cooperativismo, Inclusão Social e Tema Livre) 300 trabalhos de escolas técnicas (2º grau) e tecnológicas (nível superior) de 184 estabelecimentos de todas as regiões do País, envolvendo 900 estudantes. Apenas 17 trabalhos foram selecionados para a etapa federal, entre os quais a Etec de Franca.
Segundo a diretora superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, o fato de ter tido uma representante premiada já seria uma grande conquista na primeira participação de escolas técnicas paulistas no prêmio, mas outros fatores ressaltam ainda mais o acontecimento, como o fato de simbolizar o retorno dos investimentos feitos nos últimos anos na recuperação dos cursos de Agricultura e Pecuária.
“Nossas escolas agrícolas têm evoluído muito e já estamos colhendo os primeiros resultados. Historicamente, essas escolas eram as que menos tinham infra-estrutura e condições de ensino. O estado tem investido muito no ensino agrícola porque é uma área crucial para São Paulo”, destacou Laura Laganá, para depois acrescentar que a premiação também tem um aspecto motivacional muito importante para os demais alunos da Etec de Franca e demais escolas agrícolas.
“São alunos egressos de famílias com renda média de três salários mínimos, que geralmente não tiveram grandes oportunidades. Um prêmio como esse coroa todo um processo e mostra que a educação pode dar um futuro promissor”, analisou a diretora.
Clima
A avaliação da diretora superintendente do Centro Paula Souza coincidiu com o balanço feito pelo presidente do Sebrae, logo na abertura da solenidade. Paulo Okamotto observou que os projetos agraciados servirão de exemplo não só para os demais docentes e alunos na produção de conhecimento como também ajudam a consolidar a cultura do cooperativismo e empreendedorismo. “Ganham vocês, ganham as instituições participantes mas ganha muito mais o Brasil”, discursou Okamotto.
Já o ministro interino da Agricultura ressaltou o cooperativismo como “mecanismo capaz de promover a inclusão econômica e social dos cidadãos”, e disse que um dos objetivos do concurso era divulgar as idéias postas em prática pelas escolas.
Ao ratificar as palavras dos colegas, o secretário do MEC Getúlio Ferreira fez menção especial ao Centro Paula Souza, após identificar na platéia a diretora Laurá Laganá. Ferreira saudou Laura citando o centro como “uma das instituições constantemente premiadas” por suas ações.
Discursos à parte, o clima da festa foi marcado pela informalidade e a expectativa das dezenas de jovens e professores convidados. A delegação do Centro Paula Souza e da Etec de Franca contou com oito pessoas (sendo quatro alunos).
O segundo lugar foi muito comemorado pelos estudantes, em meio a sessões intermináveis de fotografias. “Quando inscrevemos o projeto ele já estava em andamento, mas quando foi selecionado colocamos ainda mais garra, a turma colocou todo o foco nessa ação. Só de termos sido selecionados para a etapa federal já tinha sido uma emoção muito grande”, comemorou Guilherme Sousa de Oliveira, 18 anos, estudante do 3º ano de Agricultura da Etec de Franca.
A aluna Rayane Assis, 17 anos, do 3º ano de Pecuária, previu um crescimento do projeto após a consagração em Brasília. Para ela, foi uma conquista da escola e da comunidade. “Quando expusemos nosso projeto numa exposição em Franca, nossos produtos orgânicos eram os maiores. O repolho era tão grande que o pessoal não acreditava, porque produto orgânico tende a ser menorzinho”, brincou Rayane.
Do Centro Paula Souza
10/01/2008
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