CI discute em audiência pública impacto de construção de hidrelétrica no ES
Para a audiência, foram convidados o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), José Mário Abdo, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Hamilton Nobre Casara, o presidente da Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig), Djalma Bastos Moraes, o prefeito do Baixo Guandu, José Francisco de Barros, e o presidente da Câmara Municipal de Baixo Guandu, José de Barros Neto. Hartung está preocupado em definir de maneira clara quais as conseqüências da implantação da hidrelétrica, principalmente para a economia e o meio ambiente do município e do estado.
Antes da audiência pública, a CI deve votar dois projetos de lei que estão na pauta para decisão em caráter terminativo. O primeiro, do senador Ademir Andrade (PSB-PA), propõe que edifícios adotem a energia solar como fonte de aquecimento de água. O objetivo da proposta, segundo Ademir, é reduzir a quantidade de chuveiros elétricos no país, responsáveis por 9% do consumo nacional de energia elétrica. O relator da matéria, senador Ricardo Santos (PSDB-ES), recomenda a aprovação, por acreditar que o projeto tem grande importância para o país, pois estimula a adoção de formas mais eficientes de uso da energia.
- A substituição dos chuveiros elétricos, um modelo perdulário de energia, deve constituir prioridade nacional. A energia solar, fartamente disponível no país e, lamentavelmente, pouco utilizada, e apenas para aquecimento de água para banho já ensejaria uma economia de cerca de um terço nas contas domésticas de luz - justifica Ademir.
A CI, presidida pelo senador Alberto Silva (PMDB-PI), decide ainda sobre o projeto de lei do senador Gerson Camata (PMDB-ES) que inclui no Plano Nacional de Viação a ligação do Porto de Capuaba à rodovia BR 262, no Espírito Santo. Como relator, Hartung afirma que a ligação, de 10,3 quilômetros, pode proporcionar melhor escoamento de caminhões do Porto de Capuaba para as rodovias BR 262 e BR 101.
- A via vai reduzir os percursos e, conseqüentemente, os custos e o tempo das viagens. Além disso, vai retirar o tráfego de longa distância, sobretudo caminhões, das vias urbanas de Vitória, que já operam no limite de sua capacidade, atenuando os graves congestionamentos que afligem a cidade - argumenta Hartung.
19/11/2001
Agência Senado
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