Cidadania: Unicamp cria novo centro cultural de integração social na Estação Guanabara



Espaço, que passa por obras de reforma e restauro, tem partes utilizadas pela comunidade da cidade e região

As atividades culturais de Campinas e região têm novo endereço a partir deste mês, com a abertura das portas do Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da Unicamp, na Estação Guanabara. O espaço, que pertenceu à antiga Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, será pólo de atração principalmente para as camadas menos favorecidas, que ali poderão se dedicar a atividades culturais, artísticas, esportivas e de capacitação profissional.

A instituição iniciou as obras de reforma e restauro no segundo semestre e pretende concluí-las até o final do ano, mas alguns espaços já estão em uso. A entrega da estação para o conjunto das atividades está prevista para o meio do ano, durante as festas juninas. Até lá, haverá outras obras.

O pró-reitor de extensão e assuntos comunitários da Unicamp, professor Mohamed Habib, conta que está pronta uma das partes da estação, o Armazém do Café, com 900 metros quadrados. Metade das obras do pátio interno, que abrigará atividades ao ar livre, está também encerrada, bem como locais que serão usados para administração e vigilância, e até banheiros. A instalação elétrica é outra fase da reforma que está quase pronta.

O professor Habib ressalta que a intenção da Unicamp é oferecer à população espaços para diversas atividades, desde que itinerantes. Haverá teatro com palco e arquibancadas móveis que permitam a desmontagem para que o local seja utilizado de outra forma. O restauro será concluído em quatro etapas; o Armazém do Café foi a primeira.

A segunda fase recuperará a gare metálica (parte da estação), depois o edifício administrativo. Por último, em parceria com a prefeitura de Campinas, a restauração será empreendida nas cercanias do local. O projeto completo (reforma e restauro), estima Habib, custará US$ 9,8 milhões. A universidade busca captar os recursos por intermédio de parcerias, de acordo com a Lei Rouanet de incentivo à cultura.

Novas oportunidades

No total, 10 mil metros quadrados do terreno da estação serão da Unicamp, em regime de comodato. A universidade tenta ampliar a área sob sua proteção para outros 4 mil metros quadrados, anexos à estação. “A cada dia, aumenta o número de pessoas sem acesso a moradia, cultura, conhecimento, educação e alimentação. Com este projeto, procuramos oferecer oportunidades a esses cidadãos, para que tenham um mínimo de dignidade”, justifica o pró-reitor da universidade.

Ambicioso, o projeto pretende contar com a colaboração de alunos, professores e funcionários. Serão bem-vindas também, ressalta o professor, ações e programas de empresas dos setores privado e público, que ofereçam no local cursos profissionalizantes, oficinas culturais e artesanais e esportes.

No início do mês, parte da Estação Guanabara foi aberta à visitação. Estiveram na cerimônia 50 grafiteiros de Campinas e da capital, que mostraram destreza com seus desenhos em 200 metros quadrados do tapume das obras. Compareceram cantores de hip hop, e houve apresentações de DJs, samba, chorinho, capoeira e grupos musicais da Unicamp: a Unibanda e o coral Zíper na Boca.

Da Agência Imprens

04/25/2006


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