Ciência sem Fronteiras concede primeira cota de bolsas de estudos no exterior
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) concedeu, nesta terça-feira (16), as primeiras duas mil bolsas de estudos da modalidade sanduíche para graduação no exterior do Programa Ciências sem Fronteiras (CsF). O valor das bolsas é de US$ 870 (mais benefícios) para as universidades nos Estados Unidos e de 870 euros (mais benefícios) para as instituições na Europa.
A entrega das bolsas foi feita pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, e pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, no próprio ministério.
Essa primeira cota se destina às mais de 250 universidades e institutos federais de educação tecnológica que participam do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti).
Caberá a essas entidades educacionais a seleção dos candidatos às bolsas observando os critérios estabelecidos pelo Ciência Sem Fronteiras (CsF) como, por exemplo, experiência em atividades de iniciação científica, desempenho acadêmico destacado, suficiência em inglês ou no idioma do país da universidade que receberá o estudante ou ter se destacado em olimpíadas científicas como de matemática, química, física etc.
Também está a cargo das instituições o contato e as negociações com as universidades que receberão os bolsistas no exterior, sendo que estas devem estar incluídas na relação das previamente selecionadas pelo programa.
Os estudantes candidatos também devem escolher uma das áreas de estudo indicadas como de interesse do CsF: Engenharia e demais áreas tecnológicas; Ciências Exatas e da Terra; Biologia; Ciências Biomédicas e da Saúde; Computação e Tecnologia da Informação; Tecnologia Aeroespacial; Fármacos; Produção Agrícola Sustentável; Petróleo, Gás e Carvão Mineral; Energias Renováveis; Tecnologia Mineral; Tecnologia Nuclear; Biotecnologia; Nanotecnologia e Novos Materiais; Tecnologia de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais; Tecnologia de Transição para a Economia Verde; Biodiversidade e Bioprospecção; Ciências do Mar; Indústria Criativa; Novas Tecnologias e Engenharia Construtiva, e Formação de Tecnólogos.
Pibic e Pibiti
O Pibic tem, entre seus objetivos, despertar a vocação científica e incentivar novos talentos potenciais entre estudantes de graduação; contribuir para reduzir o tempo médio de titulação de mestres e doutores; propiciar à instituição um instrumento de formulação de política de iniciação à pesquisa para alunos de graduação e proporcionar ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensar científico e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa.
As cotas de bolsas de iniciação científica, de iniciação tecnológica, de mestrado e doutorado são oferecidas às instituições de ensino e pesquisa e aos cursos de pós-graduação. Os interessados devem solicitar as bolsas dessas modalidades diretamente às referidas instituições, não ao CNPq.
O Pibiti tem como objetivo central estimular os jovens do ensino superior nas atividades, metodologias, conhecimentos e práticas ao desenvolvimento tecnológico e processos de inovação. Busca também contribuir para a formação de recursos humanos que se dedicarão ao fortalecimento da capacidade inovadora das empresas no País, bem como para a formação do cidadão pleno, com condições de participar de forma criativa e empreendedora na sua comunidade.
Ciências sem Fronteiras
O objetivo desse programa é a formação de recursos humanos altamente qualificados nas melhores universidades e instituições de pesquisas estrangeiras, com vistas a promover a internacionalização da ciência e tecnologia nacional, estimular pesquisas que gerem inovação e, conseqüentemente, aumentam a competitividade das empresas brasileiras.
Esse objetivo será concretizado por meio da expansão significativa do intercâmbio e da mobilidade de graduandos, pós-graduados, pesquisadores e docentes brasileiros no exterior.
Visa também contribuir para o processo de internacionalização das instituições de ensino superior e dos centros de pesquisa nacionais, propiciando maior visibilidade da pesquisa acadêmica e científica que é feita no País, por meio da colaboração e do estabelecimento de projetos de pesquisa conjuntos instituições e parceiros estrangeiros.
A expectativa é de que, em médio prazo, essas ações acarretem também maior fluxo de investimentos estrangeiros voltados à formação de recursos humanos, à promoção da inovação, da ciência e tecnologia no Brasil.
A expansão dessa força de trabalho altamente qualificada se dará em duas vertentes: aumento expressivo da presença de estudantes de graduação, pós-graduação, pós-doutores e docentes brasileiros em instituições de excelência no exterior, em áreas do conhecimento definidas como prioritárias; e o estímulo à vinda de jovens talentos e pesquisadores estrangeiros de elevada qualificação para o Brasil, com atuação em áreas de interesse do País.
Fonte:
CNPq
16/08/2011 21:03
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