Comissão da Verdade completa um ano e faz balanço das ações desenvolvidas



Com um ano de existência, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) apresentou nesta terça-feira (21) um balanço dos trabalhos desenvolvidos. Criada para apurar violações de direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, inclusive durante a ditadura militar, a Comissão já conseguiu 268 depoimentos de vítimas, testemunhas e agentes da repressão da ditadura civil-militar. As investigações foram prorrogadas e serão concluídas em maio de 2014.

No primeiro ano de atividades foram ouvidas 207 vítimas e testemunhas de graves violações de direitos humanos cometidas no período de análise da comissão (1946-1988). Dos depoimentos, 59 foram tomados em entrevistas reservadas e 148 durante audiências públicas realizadas pela comissão nas cinco regiões do Brasil.

Mais 35 pessoas que estiveram diretamente envolvidas ou que conheceram as práticas usadas pelo regime para violar direitos humanos foram ouvidas em audiências privadas. Desse total, 13 depuseram sob convocação.

Além de relatos e depoimentos de familiares ou vítimas da repressão, a Comissão conta com outras formas de informação. De acordo com o coordenador da CNV, Paulo Sérgio Pinheiro, há cerca de 20 milhões de páginas de documentos sobre o assunto.

Entre os avanços da Comissão da Verdade estão as investigações sobre o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva, a correção do atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog e as investigações sobre a morte do ex-presidente João Goulart, a Operação Condor e sobre as violações de direitos cometidas contra os índios durante a ditadura militar.

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