Comissão de Agricultura pede estado de alerta para a aftosa



A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Frederico Antunes (PPB)encaminhou ontem (26/9)ofícios à secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (SAA) e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)pedindo que o Rio Grande do Sul fique alerta, diante da suspeita de um novo foco de febre aftosa no Paraguai, na divisa com o estado de Mato Grosso do Sul (MS).

A posição foi defendida por cerca de 50 produtores e dirigentes de entidades de classe do setor primário, durante reunião ordinária da Comissão de Agricultura, realizada esta tarde no salão nobre do pavilhão central do Parque Agrícola e Pastoril, em Uruguaiana. O encontro fez parte da programação da 66.ªExposição Feira Agropecuária de Uruguaiana, que encerra no domingo.

O deputado Frederico Antunes ressaltou que, apesar de ainda não haver confirmação de um novo foco de febre aftosa no Paraguai, as autoridades sanitárias gaúchas devem ficar em estado de alerta para evitar a entrada do vírus no Estado. "O Rio Grande do Sul deve recuperar o status de zona livre de febre aftosa com vacinação no mês de novembro, por isso, o Estado não pode relaxar e tem de ficar em estado de alerta máximo. Os prejuízos foram enormes e muitos mercados que foram fechados ainda não foram recuperados'', enfatizou Frederico, que teve atuação destacada durante o episódio da febre aftosa, em 2001.

O presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Mauro Dante Aymone Lopez, também cobrou que a vigilância sanitária redobre os cuidados nas zonas de fronteira. "O Sicadergs está preocupado e pedindo informações aos órgãos de
fiscalização para saber a extensão do problema'', disse."Queremos providências urgentes para a vigilância da fronteira com o Paraguai'', acrescentou.

Já o presidente do Sindicato Rural de Uruguaiana, Wilson Mateo Dornelles, exigiu o imediato fechamento da fronteira com o Mato Grosso do Sul para a carne bovina daquele estado no Rio Grande do Sul. "No meu entender, as fronteiras deveriam ser fechadas agora, até que se confirme ou não o surgimento do novo foco'', afirmou. "Não se trata de retaliação, mas sim, do mesmo critério adotado por eles durante o episódio da febre aftosa aqui no
Estado'', explicou o dirigente.

O Paraguai tem status de área livre de febre aftosa com vacinação, de acordo com classificação da Organização Internacional de Epizootias.


09/27/2002


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