Comissão de Relações Exteriores aprova embaixadores para três postos no exterior
A Comissão de Relações Exteriores (CRE) sabatinou, nesta terça-feira (1º), os diplomatas Gilberto Fonseca Guimarães de Moura, Katia Godinho Gilaberte e Regina Célia de Oliveira Bittencourt indicados respectivamente para as Embaixadas do Brasil na Tailândia, Camboja e Laos; na Eslovênia; e em Burkina Faso. Os três diplomatas, indicados pela Presidência da República, tiveram seus nomes aprovados
Tailândia, Camboja e Laos
Gilberto Fonseca Guimarães de Moura, nasceu em 1952 no Rio de Janeiro (RJ). Já exerceu no exterior, entre outros, os cargos de conselheiro na Embaixada do Brasil em Paris (1992); conselheiro na Embaixada em Varsóvia (1996); ministro-conselheiro na Embaixada em Berlim (2003); e embaixador em Liubliana, capital da Eslovênia (2012).
O diplomata detalhou as turbulências políticas e sociais que atingem os países asiáticos para os quais foi indicado, em especial a Tailândia, que enfrenta uma crise interna. Destacou também a situação econômica que desponta com agricultura sofisticada e setor industrial avançado, além do segmento de turismo que tem boa infraestrutura e atrai parcela significativa de brasileiros.
Gilberto Fonseca Guimarães de Moura se comprometeu a reforçar a cooperação técnica com Camboja e Laos e trabalhar para triplicar o comércio bilateral com a Tailândia, de US$ 4 bilhões para US$ 12 bilhões. Na pauta de exportações, entre outros, estão produtos como as aeronaves da Embraer, usinas completas de etanol e até a tecnologia para lançamento de foguetes.
Eslovênia
Katia Godinho Gilaberte, nascida no Rio de Janeiro (RJ), já atuou na Embaixada do Brasília em Tóquio; Bonn (à época, capital da antiga Alemanha Ocidental); La Paz; e Moscou. Em 2005 foi embaixadora em Dacar, no Senegal, além de Gâmbia e Madagascar. Desde 2010 era cônsul-geral do Brasil em Bruxelas, na Bélgica.
A diplomata lembrou que a Eslovênia foi duramente atingida pela crise de 2008, com aumento do desemprego. O país tenta recuperar a economia com o saneamento dos bancos e contenção de gastos, além de tentar garantir um nível satisfatório de bem-estar social e desenvolvimento.
Nas relações com o Brasil, Katia Godinho Gilaberte ressaltou a cooperação científico-tecnológica, defesa e cultura. Ela informou que desenvolveu programa de trabalho para fortalecimento do comércio, que atualmente, explicou, se resume à exportação de café e derivado de soja para alimento animal, com importação de produtos da indústria automobilística e medicamentos.
Burkina Faso
Entre os postos no exterior onde serviu, Regina Célia de Oliveira Bittencourt, estão as Embaixadas em Copenhague, La Paz, Budapeste, Manágua, Londres e em Port of Spain, onde assumiu em 2011. Também foi cônsul-adjunta no Consulado-Geral em Miami (1998 a 2001).
Para exercer o cargo de embaixadora do Brasil em Burkina Faso, a diplomata lembrou que é importante acompanhar de perto as articulações para as próximas eleições presidenciais no país, que estão próximas. O país pequeno e pobre na África, que exporta principalmente produtos primários (ouro, manganês e vários produtos agrícolas) vive um período de efervescência política.
Nas relações bilaterais, Regina Célia de Oliveira Bittencourt apontou a busca de cooperação na área de agricultura. Burkina Faso tem interesse de adquirir maquinário, embora o comércio enfrente uma queda nos últimos anos. A cooperação cultural, com uma importante participação do artesanato regional e a realização de um festival de cinema, também ganhou destaque. Além disso, deve ser explorada a possibilidade de acordos na área educacional, para permitir que a população local tenha acesso aos programas de conhecimento promovidos pelo governo brasileiro.
Outra preocupação é com a venda de aeronaves e armamentos na região que, posteriormente vão parar ilegalmente nas mãos de terroristas misturados a refugiados na fronteira com a Costa do Marfim.
Outras indicações
Na mesma reunião foram apreciadas as indicações dos nomes de José Mauro da Fonseca Costa Couto para a Embaixada do Brasil no Sudão; de Sérgio Elias Cury, para o cargo de embaixador do Brasil junto à Santa Lúcia; e de Paulo César Meira de Vasconcelos, para os Emirados Árabes Unidos. Foi concedido pedido de vista coletiva aos senadores sobre as indicações.
01/04/2014
Agência Senado
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