Comissão de Relações Exteriores deverá acompanhar episódio do gás boliviano, informa Garibaldi



Indagado, na manhã desta quinta-feira (11), sobre a explosão que causou danos em gasoduto na Bolívia, e que deverá obrigar o governo daquele país a reduzir em 10% o fornecimento de gás natural para o Brasil, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, informou que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) da Casa deverá acompanhar atentamente essa crise. Ele também se disse confiante nas ações que o governo brasileiro está tomando para enfrentar a redução na importação de gás natural.

- O Congresso tem a Comissão de Relações Exteriores. Por meio dela pode, perfeitamente, acompanhar esta crise junto ao Executivo, no qual o presidente da República já está empenhado em mediar a questão. Se houver necessidade, creio que o senador Heráclito Fortes [presidente da CRE] irá articular comigo e nós daremos o apoio do Congresso a uma iniciativa que venha a pacificar a situação na Bolívia - respondeu ele numa entrevista.

- O senhor acha que é grave a situação, ou seja, o Brasil corre o risco de ter o abastecimento de gás desfalcado? - questionou um jornalista.

- Isso causa um transtorno muito grande no abastecimento, mas já se procura superar isso. Nós estamos apenas acompanhando pela imprensa e não tivemos nenhuma comunicação oficial a respeito do assunto. Portanto, creio que as autoridades do Executivo estão tratando disso com a urgência que o caso requer - afirmou.

Questionado sobre o crescimento de 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB), no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2007, o presidente do Senado disse que o país deve se esforçar para se manter crescendo nesse patamar.

- Aliás, os economistas, os experts no assunto, estão muito animados com esse crescimento porque eles o atribuem ao ritmo dos investimentos e ao consumo das famílias brasileiras. No fundo, tudo isso evidencia um crescimento saudável e sustentável - destacou.

A última pergunta dos jornalistas foi sobre as negociações em torno dos presidentes que serão eleitos para as duas Casas do Legislativo, no começo de 2009. Indagado sobre como vão esses entendimentos, Garibaldi respondeu:

- Com relação a isso, eu acho que só vamos ter novidades depois das eleições municipais, porque agora os parlamentares estão muito empenhados em eleger prefeitos e vereadores - analisou.



11/09/2008

Agência Senado


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