Comissão de Serviços Públicos prestigia 80 anos da Acil
O assessor da presidência da Sulgás, engenheiro Carlos Dossa, demonstrou através de uma projeção o histórico do gás natural no Brasil, a participação do produto na matriz energética mundial, a sua utilização, as vantagens ambientais e o sistema de distribuição no Estado.
O engenheiro Carlos Augusto Lima, que também representou a Sulgás no evento, abordou sobre as possibilidades de um ramal de distribuição de gás para a região. Dentre as alternativas apresentadas num estudo preliminar ressaltam-se os traçados para a distribuição: Santa Cruz do Sul - Venâncio Aires - Lajeado ou Montenegro-Estrela - Lajeado. De acordo com Lima, a Sulgás vai fazer um levantamento, um estudo mais concreto sobre as melhores possibilidades e viabilidades para a implantação do projeto. "Onde tiver consumo e viabilidade econômica o gás chega", confirmou Lima.
O deputado estadual Luis Fernando Schmidt (PT) destacou a relação custo-benefício favorável na utilização do gás e elencou as vantagens da região, como a quantidade de empresas e a proximidade entre os municípios, como fatores favoráveis para a instalação de um ramal no Vale.
Para o presidente da Acil, Paulo Hoppe, o gás natural é mais uma articulação importante, mais um fator determinante para manter e atrair novas empresas, gerando recursos e desenvolvimento para região.
Na segunda etapa da reunião foi discutido os problemas na área da segurança pública. Segundo a delegada regional Elisabete Müller, titular da 7ª região policial, composta por 59 municípios dos Vales do Taquari e Caí Schneider, onde existem 32 delegacias de polícia, a meta é mostrar para o resto do Estado o bom trabalho desempenhado pela região, apesar do efetivo não ser o ideal, o quadro pessoal é dedicado e preparado, que se salienta pelo expressivo número de inquéritos policiais remetidos ao Judiciário.
O comandante regional da Brigada Militar, coronel Cláudio Garcia, afirmou que se faz segurança com aportes, recursos materiais e recursos humanos, todavia numa corporação que tem uma defasagem de 60% do efetivo, se torna difícil gerenciar o processo. "Hoje, aqui estamos buscando alternativas, propostas, parcerias entre vários segmentos, como o Ministério Público, o Judiciário, a Susepe, a sociedade e empresários. Só assim faremos com que o governo se sensibilize e mande os recursos necessários para a realização de um bom trabalho", assegurou lembrando as precárias condições da frota e as dificuldades de comunicação da base com as viaturas.
No entendimento do comandante de Polícia Ostensiva do Vale do Taquari, o Orçamento Participativo não é o espaço ideal para decidir políticas de segurança pública.
Já o prefeito municipal de Lajeado, Cláudio Schumacher, que falou dos programas adotados pela prefeitura voltado à juventude, acredita que o importante é somar idéias e alterar a sistemática, o sistema tributário, a legislação federal. "Temos uma polícia no nosso município eficiente e dedicada, no entanto a legislação federal vigente entrava muitas vezes no que tange à destinação de recursos e a ações conjuntas com as prefeituras", alertou.
Em seu encaminhamento final, Schneider que coordenou os trabalhos, afirmou que a Comissão acompanhará os estudos da Sulgás, mantendo a região informada quando da conclusão das pesquisa sobre a viabilidade de um ramal do gasoduto para o Vale. Em relação às questões relacionadas à segurança pública, o parlamentar, que recebeu cópia do ofício entregue ao Secretário da Justiça e da Segurança, José Paulo Bisol, no dia 29 de maio de 2000, no qual consta as reivindicações da comunidade (aumento do efetivo, concurso regional para policiais, presídio, abrigo de infratores entre outros), encaminhará as solicitações ao governador Olívio Dutra para que sejam tomadas as providências cabíveis.
"Tanto eu como o deputado Schmidt, que também representa a região, estaremos atentos para que possa ser assegurado ao Vale uma nova perspectiva de desenvolvimento através do gás natural, ao mesmo tempo, cobrar do Executivo estadual uma maior atenção às demandas da segurança, que não podem ser relegadas a um segundo plano", concluíu.
10/10/2001
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