Conferência Nacional de Saúde Mental tem abordagem intersetorial pela primeira vez



Entre os dias 27 de junho e 1º de julho, Brasília (DF) recebe a 4ª Conferência Nacional de Saúde Mental. Pela primeira vez, uma conferência nesta área terá abordagem intersetorial, ou seja, destacando a importância da articulação entre várias instituições no caso da Saúde Mental. O evento é organizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (Sedh) e o Ministério da Saúde. Mais de 1.500 pessoas entre delegados, observadores e convidados devem participar.


O encontro tem como tema a “Saúde Mental – direito e compromisso de todos: consolidar avanços e enfrentar desafios” e será dividido em três eixos de discussão. O objetivo é formular políticas públicas observando as disposições da lei que instituiu a reforma psiquiátrica. Essa lei busca reafirmar o direito do usuário à convivência sócio-familiar, em contraposição à antiga lógica do isolamento. 


Em 2002, havia 424 Centros de Atenção Psicossocial, que representavam cobertura de 22% da população. Atualmente são 1.467 serviços, com 60% de cobertura assistencial. 


As Conferências de Saúde são fundamentais para a construção das políticas públicas do Sistema Único de Saúde. A Saúde Mental já realizou três conferências setoriais, que produziram importantes deliberações para subsidiar a Política Nacional de Saúde Mental.


Usuários da rede

Cerca de 3% da população (6 milhões de brasileiros), de todas as faixas etárias, precisa de cuidados contínuos em saúde mental por causa de transtornos mentais severos e persistentes como psicoses, neuroses graves, transtornos de humor graves ou deficiência mental com grave dificuldade de adaptação.


Já 9% da população, em todas as faixas etárias, necessita de cuidados gerais em saúde mental, na forma de consulta médico-psicológica, aconselhamento, grupos de orientação, ou outras formas de abordagem, em função de transtornos mentais considerados leves.


Transtornos graves associados ao consumo de álcool e outras drogas (exceto tabaco) atingem pelo menos 10% da população acima de 12 anos, sendo o impacto do álcool dez vezes maior que o do conjunto das drogas ilícitas.


Fonte:
Sedh



22/07/2010 04:17


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