Confirmada defesa de Serys para esta quinta-feira
O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), confirmou para esta quinta-feira (5), às 14h30, reunião do colegiado para que a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) apresente sua defesa em relação às acusações de que teria participado da chamada máfia das ambulâncias. Por telefone, em entrevista à Agência Senado na manhã desta sexta-feira (29), João Alberto, que está em campanha política no Maranhão, disse que a reunião ainda não havia sido agendada oficialmente porque faltava a assinatura dele para a convocação.
- Ainda não está na agenda porque o ofício (marcando a reunião) teve de ser encaminhado a mim, no Maranhão, para assinatura, mas a defesa já está marcada e a senadora já está sabendo - afirmou João Alberto.
Serys responde a processo disciplinar no Conselho de Ética porque teve seu nome citado no relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por conduta incompatível com o decoro parlamentar. O esquema de fraudes foi criado com o objetivo de utilizar irregularmente recursos do Orçamento da União para a compra de ambulâncias destinadas a municípios com preços superfaturados e, no entender dos membros do colegiado, há contra a senadora indícios de que tenha participado da "máfia das ambulâncias".
Segundo relatório da CPI Mista dos Sanguessugas, é possível que Paulo Roberto Ribeiro, genro da senadora, tenha recebido propina da máfia das ambulâncias em troca da promessa de que Serys apresentaria emendas ao Orçamento para beneficiar a Planam, empresa responsável pela venda das ambulâncias a preços superiores aos praticados no mercado.
Relatório
Em entrevista à imprensa no último dia 26,o senador Paulo Octávio (PFL-DF), relator do processo contra Serys, afirmou que pretende apresentar relatório final sobre o caso até o final de outubro. Adiantou, entretanto, que até aquele momento não havia encontrado qualquer prova ou evidência da participação pessoal da representante de Mato Grosso na máfia das ambulâncias.
- A senadora, por enquanto, está blindada, mas ainda há muita mentira para ser desvendada - afirmou Paulo Octávio à Agência Senado naquele dia, referindo-se às divergências encontradas nos depoimentos da família Vedoin, proprietária da Planam, e do genro de Serys, Paulo Roberto.
Luiz Antônio Trevisan Vedoin, que está preso em Cuiabá, afirmou, em depoimentos, que teria pagado R$ 35 mil ao genro de Serys como adiantamento para que a senadora apresentasse emendas ao Orçamento da União a fim de beneficiar a Planam na venda das ambulâncias a preços superfaturados. Mas Paulo Roberto alega que o dinheiro recebido de Vedoin foi um pagamento pelo fornecimento de material hospitalar à Planam.
29/09/2006
Agência Senado
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