Corpo do senador ACM está sendo velado no Palácio da Aclamação, em Salvador



O corpo do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), que faleceu nesta sexta-feira às 11h40, no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), São Paulo, está sendo velado no Palácio da Aclamação, no centro de Salvador. Transportado por um avião da Força Aérea Brasileira, que também serve ao presidente da República, o corpo saiu da Base Aérea de Guarulhos por volta das 18h e chegou ao Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, às 20h45. O sepultamento no Campo Santo, junto aos restos mortais do filho Luís Eduardo Magalhães, falecido em abril de 1998, está previsto para as 17h deste sábado.

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Viajaram no avião que saiu de São Paulo, além de familiares, vários deputados e senadores, entre eles o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, o senador e ex-presidente da República e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e os senadores Edison Lobão (DEM-MA) e Maria do Carmo (DEM-SE). Já no aeroporto baiano, esperavam pelo cortejo políticos como o governador do estado, Jaques Wagner (PT) e o prefeito da capital, João Henrique Carneiro (PMDB).

No aeroporto, o corpo do senador foi recebido em uma rápida cerimônia militar, inclusive com a execução de um toque de silêncio por um corneteiro da Aeronáutica. Um grupo de dez cadetes, por sua vez, transportou o esquife, coberto por uma bandeira do Brasil, até a um carro do Corpo de Bombeiro para seguir em direção ao Palácio da Aclamação, no centro da cidade, antiga sede de governo e hoje utilizado para comemorações especiais. O veículo, ao sair do aeroporto, seguiu pelas avenidas Luis Viana Filho (conhecida como Avenida Paralela), Antonio Carlos Magalhães e pela Avenida Garibaldi até chegar à praça Campo Grande, onde está situado o Palácio da Aclamação. No caminho, de aproximadamente de 35 quilômetros, o cortejo passou nas imediações do memorial em homenagem ao filho e ex-deputado Luís Eduardo Magalhães.

Desde o início da tarde, populares começaram a se aglomerar em frente ao palácio para dar o último adeus ao político baiano. O primeiro lugar da fila foi ocupado por volta das 14h por Josenice Nunes Santos, 37 anos, professora de educação física e que diz ter aprendido a amar Antonio Carlos Magalhães "por osmose". Por volta das 22h17, quando o cortejo ainda se encontrava distante do palácio, a fila para as despedidas já se estendia por mais de 500 metros.

O féretro chegou ao Palácio da Aclamação às 22h40 sob aplausos da multidão, que cantava o Hino do Senhor do Bonfim e ACM, Meu Amor - conhecida canção na Bahia. O velório se realiza no Salão Nobre do palácio. Os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), César Borges (DEM-BA) e Marco Maciel (DEM-PE) compareceram ao velório logo no início.

Falecimento

Com 79 anos, Antonio Carlos Magalhães estava internado no Incor desde 13 de junho em virtude de uma infecção e aproblemas renais e cardíacos. Houve expectativa de alta para o senador no final da semana passada, mas complicações intestinais a inviabilizaram e ele continuou sob tratamento intensivo. A situação de saúde do senador agravou-se sobremaneira na madrugada desta sexta-feira (20) e pela manhã os familiares já admitiam que o quadro clínico do senador era irreversível, a ponto de agências de notícias equivocadamente anunciarem a morte do senador.

O senador já havia ficadono Incor três outras vezes neste ano, em março, abril e maio. Durante estes períodos, recebeu visitas de diversos políticos, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado Renan Calheiros, senadores como José Sarney e Eduardo Suplicy (PT-SP) e o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.

Antonio Carlos Magalhães, nacionalmente conhecido como ACM, nasceu em Salvador, em 4 de setembro de 1927. Era médico, mas nunca exerceu a profissão. Foi governador da Bahia por três vezes. Presidia a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e foi presidente da Casa por duas vezes.

O primeiro suplente de Antonio Carlos Magalhães é o filho dele, Antonio Carlos Júnior. O segundo suplente é Hélio Corrêa.

ACM integra lista dos homens públicos que fizeram história no Brasil



21/07/2007

Agência Senado


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