Corrente de comércio entre Brasil e China foi de US$ 70 bi em 2011



A interação e as parcerias sino-brasileiras firmadas na última década ampliaram a corrente de comércio entre o Brasil e a China de US$ 2,5 bilhões, em 2000, para cerca de US$ 70 bilhões, no ano passado. “Em 11 anos, deu um salto brutal”, disse na quinta-feira (12), o diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC), Kevin Tang.

”O clima é muito favorável [para as relações comerciais] entre os dois países e, agora, a gente também vê os investimentos chineses aumentando no Brasil”, declarou. As exportações brasileiras para a China são lideradas pelas commodities agrícolas e minerais, com destaque para soja, minério de ferro e petróleo. Kevin Tang assegurou que esses são setores estratégicos para a China, que tem interesse em investir também nessas áreas no Brasil.

Ele lembrou que, além dessas áreas, empresas chinesas já estão investindo em distribuição de energia no Brasil e nos setores automotivo e de máquinas e equipamentos voltados, em especial, para a construção civil e o eletroeletrônico. “Porque são áreas onde a indústria chinesa já está mais madura e tem uma presença no mercado internacional relativamente forte”, explicou.

Observa-se grande volume de vendas de produtos da China no Brasil que justifica, segundo o diretor da CCIBC, a instalação de montadoras e unidades fabricantes de máquinas no País. A entidade acaba de abrir um escritório em Salvador (BA), totalizando dez unidades no País, e considera a capital baiana a porta de entrada no Nordeste para novas possibilidades comerciais bilaterais. “É a região que mais cresce no Brasil. Temos aí (Bahia) alguns setores em que a China tem sinergia para investir”, afirmou.

As exportações baianas para a China cresceram 23,23% no ano passado em comparação a 2010, atingindo US$ 1,3 bilhão. As importações feitas da China para a Bahia também mostraram expansão de 27,75% em relação ao ano anterior, somando US$ 553 milhões.

Depois da Bahia, Tang vê oportunidades de negócios entre o Brasil e a China também em Pernambuco, que considera um “mercado estratégico”, com investimentos maciços em petróleo, estaleiro e refinaria. Ele citou, ainda, Minas Gerais e o Rio de Janeiro entre outros estados que despertam o interesse dos chineses.

 

Fonte:
Agência Brasil

 



13/01/2012 16:57


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