Covas vistoria obras de aprofundamento da calha do Tietê



(Com fotos) - Trecho que vai do Cebolão ao lago Edgard de Souza deve estar concluído até março deste ano

O governador Mário Covas e o vice-governador, Geraldo Alckmin, vistoriaram na tarde desta quarta-feira, dia 5, as obras de aprofundamento e alargamento da calha do Rio Tietê. A obra, orçada em mais de R$ 500 milhões tem 75% do valor financiado pelo governo japonês e os outros 25% a cargo do Governo paulista. Compreende o aprofundamento em 2,5 metros de 40 quilômetros do rio, entre a barragem da Penha e a barragem de Edgard de Souza; a construção de duas barragens: Paraitinga e Biritiba Mirim e a canalização de 10,5 quilômetros do Rio Cabuçu de Cima. 'Durante anos os governos anteriores fizeram apenas o desassoreamento do rio. Esta é a primeira vez que ocorre uma obra deste porte, que é o seu aprofundamento e alargamento', observou Covas. O aprofundamento do rio foi dividido em duas etapas. A primeira, de 16 km, corresponde do Cebolão até a barragem de Edgard de Souza e está sendo executado em três trechos: Barueri, Carapicuíba e Osasco. 'Um deles está concluído e os outros dois têm término previsto para março próximo', informou Covas. A conclusão desse trecho vai beneficiar os municípios de São Paulo, Osasco, Barueri, Carapicuíba e Santana do Parnaíba. Segundo os consórcios responsáveis é preciso remover uma favela em Osasco, retirar um aterro sanitário clandestino e negociar com a Petrobrás a remoção de oleoduto. Esse trecho de aprofundamento do rio teve investimento de R$ 150 milhões. As duas barragens, que juntas exigiram investimentos de R$ 50 milhões, serão entregues em junho (Paraitinga) e dezembro (Biritiba Mirim). 'Conseguimos reduzir em 50% o valor original do orçamento nessas obras', observou Covas. Somando o aprofundamento da primeira etapa do rio, às duas barragens e a canalização do Rio Cabuçu de Cima, orçada em R$ 110 milhões e previsto para terminar em setembro próximo - o Governo estará utilizando R$ 310 milhões dos R$ 500 milhões emprestados pelos japoneses. 'Obtivemos essa redução graças a uma renegociação com os consórcios responsáveis pelas obras'. Covas ressaltou que todas as obras para contenção das enchentes estão sendo feitas continuamente pelo Governo Estadual, inclusive os piscinões para conter o excesso de águas dos rios e córregos que deságuam no Tietê. 'Nada disso está parado como publicaram alguns jornais', comentou o governador. Além dos seis piscinões do ABC, o Governo do Estado está fazendo um piscinão para o córrego Pirajussara e outro em Taboão da Serra. O governador lembrou que agora está negociando com os órgãos de financiamento externo japonês e com quatro ministérios a liberação do restante da verba de aprofundamento da calha do Tietê. 'Não queremos dinheiro adicional. Estamos pedindo apenas que a verba restante do contrato seja liberada para concluirmos o aprofundamento dos outros 24 quilômetros do rio', comentou ele. Histórico Em 1995, início do primeiro mandato de Covas, o Governo do Estado negociou com a empresa Overseas Economic Cooperation Fund (OECF), atual Japan Bank, empréstimo para financiar as obras. A assinatura do contrato ocorreu em janeiro do ano passado e o início das obras dois meses depois. Com o rebaixamento da calha, a vazão do Tietê passa de 700 metros cúbicos por segundo para 1.180 na altura do Cebolão e de 840 metros cúbicos por segunda para 1.440 na altura de Edgard de Souza. O prazo previsto para a segunda etapa da obra é de 30 meses a contar de seu início. Nesse trecho a vazão do rio passará de 150 metros cúbicos por segundo para 500, na altura da foz do rio Aricanduva e de 270 para 640, na altura da foz do rio Tamanduateí. Essa etapa do projeto beneficia os municípios de São Paulo e Guarulhos. 0501obrastiete250.zip

01/05/2000


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