Covatti mostra contracheques com salários do IPE
Em manifestação hoje (25) na tribuna da Assembléia, o líder da bancada do PPB, deputado Vilson Covatti, rebateu as declarações da bancada do PT de que os funcionários do Instituto de Previdência do Estado (IPE) ganham altos salários e portanto não mereciam o reajuste de 27,94%, aprovado para os demais servidores do Quadro Geral. A emenda que estendia o aumento aos funcionários do Instituto foi a única rejeitada.
Covatti mostrou um contracheque de um servidor do Instituto com vencimento básico de R$ 391,00. Em outro, uma funcionária teve que recorrer a financiamentos extras para complementar o baixo salário. "Este governo que se elegeu com os votos do funcionalismo público agora vira as costas e descumpre a promessa de resgatar a dignidade da categoria", disse. O deputado também apresentou números provando que o aumento da inflação de janeiro de 1999 até junho deste ano alcançou 39,76%, contra apenas 27,83% de reajuste aos servidores do Quadro Geral no mesmo período.
Além da polêmica sobre a emenda, a política salarial do governo foi motivo de intenso debate durante toda a tarde.
Manobra - O deputado comemorou, ainda, a vitória dos parlamentares de oposição frente à tentativa da bancada governista que pretendia impor a votação do projeto que instituiu a remuneração mínima de R$ 300,00 aos servidores públicos estaduais, sem alteração. Para o progressista, a manobra do governo do PT, ao apresentar requerimento de preferência para a análise do texto original, tinha como finalidade impedir que os deputados aperfeiçoassem a proposta de origem executiva. "Acabamos aprovando a emenda que estende o benefício aos que recebem pensão por morte", destacou Covatti. O líder reclamou, ainda, do tempo que o Governo do PT precisou para elaborar o projeto: "mais de 30 meses", concluiu.
09/25/2001
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