CPI DECIDE TOMAR NOVOS DEPOIMENTOS SOBRE PROER



A CPI do sistema financeiro decidiu continuar as investigações sobre o Proer, interrompidas em agosto por falta de tempo. A CPI foi prorrogada até 30 de novembro e agora os senadores querem ouvir Marcos Magalhães, ex-dono do Banco Nacional, instituição que enfrentou dificuldades e foi vendida ao Unibanco.
Durante a crise, o Banco Central assumiu o Nacional dentro do Proer, investiu R$ 5,8 bilhões na instituição e a vendeu imediatamente ao Unibanco. A CPI quer ainda ouvir Pedro Moreira Sales, dirigente do Unibanco.
O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) decidiu incluir o Proer entre os fatos sob investigação porque o sistema financeiro continuava frágil no primeiro trimestre deste ano, apesar dos gastos de R$ 20 bilhões no plano de reestruturação bancária. Nos três primeiros meses do ano, o Banco Central ainda foi obrigado a liquidar ou intervir em várias instituições financeiras.
A CPI decidirá até a próxima semana se convoca os dois inspetores do Banco Central cujos depoimentos à Polícia Federal contêm contradições com o que foi dito por autoridades do BC tanto à CPI quanto à própria polícia sobre o caso Marka-FonteCindam. Neste episódio, o primeiro investigado pela CPI, o Banco Central vendeu dólares aos dois bancos, a preços favoráveis, pouco antes da desvalorização cambial, em meados de janeiro.

22/09/1999

Agência Senado


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