CPI quer criar banco de dados com informações de quebra de sigilo telefônico
Dos 88 pedidos de quebra de sigilo telefônico encaminhados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira, 18 resultaram no envio de dados completos pelas operadoras. Os outros 70 não só estão incompletos, como apresentam formatos diferentes, o que dificulta a análise pela comissão. Para tentar solucionar o problema, o relator da CPI, deputado Deputado Odair Cunha, quer criar um banco de dados para facilitar o acesso às informações.
De acordo com a Agência Câmara, Odair Cunha reuniu-se na terça-feira (25) com o presidente da Anatel, João Rezende, e com representantes das empresas de telefonia para negociar a criação do banco de dados. Segundo o relator, as informações são importantes para que a CPI identifique a rede de contatos do principal investigado, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
A ideia, segundo Odair Cunha, é uniformizar as informações fornecidas não só à CPI, mas a todos os órgãos de investigação, como o Ministério Público e a Polícia Federal.
– Queremos criar um sistema que vincule, por exemplo, o CPF do investigado, a data da ligação telefônica, o nome da pessoa que recebe e da pessoa que faz a chamada e os telefones de origem e destino. Queremos produzir um sistema de banco de dados que seja único em todas as companhias telefônicas. É o que estamos defendendo - explicou o relator.
O relator disse esperar que o novo sistema esteja disponível nos próximos 15 dias. A CPI do Cachoeira retomará os trabalhos na segunda semana de outubro. Odair Cunha ainda não fixou a data para a apresentação de seu relatório final.
Com informações da Agência Câmara
26/09/2012
Agência Senado
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