CPLP aprova plano de divulgação da Língua Portuguesa



Os chefes de Estado e de governo que participaram da VIII Conferência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Luanda, capital de Angola, aprovaram nesta sexta-feira (23) o Plano de Ação de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projeção da Língua Portuguesa.

 

O plano começará a ser aplicado já no decurso da presidência angolana, que nesta sexta-feira, passou a suceder Portugal na presidência rotativa da comunidade, que exercerá pelos próximos dois anos.


O plano foi traçado durante a I Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, realizada em março passado, em Brasília. Agora, os líderes lusófonos que participam da cimeira de Luanda decidiram que ele deve ser implementado “levando-se em consideração a diversidade cultural e o multilinguismo nos Estados membros”.


Os chefes de Estado e de governo reiteraram o “empenho no desenvolvimento de ações, programas e projetos, especialmente na área de investigação, que promovam o conhecimento das diferentes línguas nacionais dos Estados membros e concorram para o ensino da língua portuguesa em contextos multilinguísticos”.


A cimeira de Luanda fez uma homenagem póstuma à poetisa Alda Espírito Santo, de São Tomé e Príncipe, e ao escritor português José Saramago.


A sessão de encerramento da VIII CPLP foi realizada no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda. A delegação brasileira ao evento foi presidida pelo chanceler Celso Amorim.


Programação

Durante a cimeira, foi adotada a Declaração de Luanda e foram discutidos o funcionamento do Instituto Internacional da Língua Portuguesa; a aprovação do Regulamento dos Observadores Associados; solicitações para a categoria de Observador Consultivo; revisão do Manual das Missões de Observação Eleitoral da CPLP; realização do I Fórum da Sociedade Civil da CPLP; orçamento para 2010; e adoção do Plano de Ação de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projeção da Língua Portuguesa, além da aprovação do novo estatuto do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (ILLP).


O indicado brasileiro para assumir a presidência do instituto é Gilvan Müller de Oliveira, atualmente professor de Lingüística e Língua Portuguesa na Universidade Federal de Santa Catarina.


Foi abordada ainda a candidatura da Guiné Equatorial à condição de membro pleno da comunidade. Além da Guiné Equatorial, Ilhas Maurício e Senegal que já têm o estatuto de Observadores Associados, vários países demonstraram interesse em acompanhar os trabalhos da CPLP, como a Ucrânia, Marrocos, Suazilândia, Austrália, Áustria, Indonésia e Luxemburgo. 


Criada em 1996, a CPLP é integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. São Observadores Associados Guiné Equatorial, Ilhas Maurício e Senegal.


Fonte:
Ministério das Relações Exteriores
Agência Lusa



03/08/2010 03:28


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