CPTM e Metrô têm esquema especial para Dia Mundial Sem Carro



Trens extras estarão em prontidão para atender possível aumento da demanda

Em apoio ao Dia Mundial Sem Carro, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Metrô desenvolveram esquema especial de operação, para sábado, 22. Trens reservas ficarão posicionados em locais estratégicos das linhas, para atender a um possível aumento de demanda durante todo o dia.

Normalmente, aos sábados, o horário de maior movimento na CPTM é na parte da manhã, concentrado entre 5h30 e 7h30, e no horário de almoço, entre meio dia e 13 horas. No Metrô, o primeiro pico se dá entre 7h00 e 8h30 e o segundo, no mesmo horário da CPTM.

Nesse dia, porém, em que se espera a adesão da população ao combate à poluição e à busca por uma qualidade de vida melhor, as duas empresas ficarão prontas para atender um volume maior de usuários, caso isso ocorra.

Somado os dois sistemas atendem juntos cerca de 4,6 milhões de pessoas por dia. O transporte sobre trilhos, além de ser uma opção que não agride o meio ambiente, é a melhor alternativa para evitar o trânsito, cada vez mais complicado.

Estudos mostram que os moradores da Região Metropolitana de São Paulo perdem mais de R$ 20 bilhões por ano com os congestionamentos provocados por veículos. A redução na produtividade chega a 20% com a falta de mobilidade.

Até 2010, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Transportes Metropolitanos, terá investido cerca de R$ 16 bilhões no setor, sendo a maior parte em transporte sobre trilhos. Com capacidade para absorver mais passageiros, esse modal colaborará para reduzir o volume de carros nas ruas, avenidas e rodovias, a poluição atmosférica e sonora, além de proporcionar maior economia de energia e rapidez nos deslocamentos. Outro dado positivo é a diminuição de custos do transporte, do estresse e, conseqüentemente, a elevação da qualidade de vida de toda a população.

Ciclista Cidadão

O programa “Ciclista Cidadão” é uma ação conjunta das duas empresas, por intermédio da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. O acesso é permitido aos sábados, das 15 às 20 horas, e aos domingos e feriados, das 7 às 20 horas, com embarque sempre no último carro dos trens.

A medida visa incentivar o uso desse meio de transporte, que a exemplo do trem, não polui. Além disso, a bicicleta tem baixo custo e favorece o acesso da população a equipamentos de lazer, saúde, educação e serviços.

A CPTM e o Metrô mantêm também bicicletários gratuitos, que funcionam das 6h às 21h, nas seguintes estações: Metrô Guilhermina-Esperança; Estações Pinheiros e Itapevi, da CPTM.

Energia limpa

Investir na CPTM e Metrô também significa reduzir o gasto em energia, em tempos de escassez dos recursos naturais. A diferença entre o consumo energético por passageiros transportados nos meios individuais e nos coletivos é brutal. Por dia, os trens da CPTM percorrem perto de 50 mil km (o que equivale a mais de uma volta em torno da terra), nas seis linhas, transportando 1,6 milhão de passageiros.

Diariamente, a circulação de trens do Metrô evita a emissão de quase 3 mil toneladas de poluentes na atmosfera. No total, em 2006, com o funcionamento deste modal deixaram de ser lançadas cerca de 707 mil toneladas de poluentes e gases de efeito estufa, o equivalente a mais de 47 mil caminhões basculantes, quantidade que seria produzida pela circulação de cerca de 2800 ônibus e mais de 109 mil carros. O gás carbônico (CO2) responde por 93% dessas emissões.

Além da redução de poluentes, o Metrô também contribui com a diminuição do consumo de combustível obtido de fontes não-renováveis. No ano passado, graças à operação dos trens metroviários, deixaram de ser consumidos cerca de 273 milhões de litros de derivados de petróleo, segundo dados do Balanço Social do Metrô de 2006. Essa quantidade abasteceria uma frota de 226 mil carros por ano. O funcionamento diário do Metrô também permitiu aos usuários dos transportes coletivos e particulares uma economia estimada de 514 milhões de horas de viagem por ano nas ruas da capital.

O conjunto dos transportes na área metropolitana, incluindo automóveis, ônibus, trens e metrô, consome o equivalente a 165% da energia elétrica que a população da mesma região usa para todos os fins (domésticos, industriais, comerciais, etc). Ou seja, só no transporte se utiliza quase o dobro de energia que se gasta nas residências, nas industriais, nas ruas, no comércio, entre outros.

É nos motores de combustão interna dos carros que reside a maior parte do problema: 64% da energia produzida por estes motores se perdem, em forma de calor, na atmosfera –  poluentes que não se dispersam. No caso dos trens e trólebus, de tração elétrica, essa perda é de 20%, além de não poluírem.

Da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos

(I.P.)



09/21/2007


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