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CPTM: Estação da companhia é um dos cenários do filme "Antônia"

O filme encerra a trilogia "Um Céu de Estrelas" (1997) e "Através da Janela" (2000)

Após o sucesso alcançado nas telas da TV, com a exibição de cinco episódios pela Rede Globo, a série Antônia chega aos cinemas, em estréia nacional, no próximo dia 9. Dirigido pela paulistana Tata Amaral e com a produção de Geórgia Costa Araújo, o longa-metragem traz cenas gravadas nas estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em 2003.

O filme encerra a trilogia "Um Céu de Estrelas" (1997) e "Através da Janela" (2000), dedicada aos diferentes comportamentos assumidos pela mulher inserida na sociedade moderna. As personagens Preta (Negra Li), Barbarah (Leilah Moreno), Mayah (Quelynah) e Lena (Cindy) são amigas de infância e moram na Vila Brasilândia, localizada na periferia de São Paulo.

O dia-a-dia das jovens segue o molde das grandes cidades. Acordam cedo para trabalhar, utilizam o transporte metropolitano, tal como revela o filme no momento em que as personagens aguardam o trem na Estação Prefeito Saladino (Linha D) assim que retornam de um dos seus primeiros shows.

A trama revela o sonho de quatro cantoras que desejam montar um grupo de rap com o nome de Antônia. No entanto, com os desafios enfrentados por elas em um cotidiano marcado pela pobreza, violência e pela repressão à mulher, essa realidade parece impossível. Mas é por meio do rap que as jovens encontram uma forma de expressão e de perspectiva para uma sociedade mais justa.

Os cenários mostram, além do transporte metropolitano, casas pequenas e apertadas e ruas escuras da Vila Brasilândia. As linguagens se misturam com o som do hip-hop e a poesia em torno da própria história vivida pelas personagens. Inclusive, segundo a diretora, a escolha por atores não profissionais foi proposital "Antônia é realizado por atores de sua própria história", diz Tata.

Foram escolhidos em torno de 600 artistas para integrar o elenco do longa-metragem. Com uma seleção de famosos do hip-hop brasileiro e de jovens talentos da periferia de São Paulo como músicos e cantores, o filme adquiriu um formato de crítica, ao mesmo tempo em que propõe reflexão sobre a postura da sociedade em relação às camadas menos abastadas e a mulher brasileira. Basta conferir.

Asses

02/01/2007

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