CPTM: Estação Presidente Altino inova com novo sistema de controle de energia
Todos os controladores do CCO de Presidente Altino passaram por treinamento
Depois da modernização do monitoramento de tráfego, em março de 2005, o Centro de Controle Operacional (CCO) de Presidente Altino, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), agora conta com um novo subsistema de controle de energia da Linha B (Júlio Prestes – Itapevi).
Após um longo período de testes, ajustes e treinamento de pessoal, em dezembro, os equipamentos passaram a funcionar plenamente, fornecendo informações integradas sobre a alimentação da energia de tração, em uma primeira fase. Os consoles auxiliam o trabalho, em especial, das áreas de Operação e Manutenção.
Entre as principais vantagens dessa tecnologia, estão: registro histórico de todos os eventos gerados para posterior análise; recursos de controle com bloqueio de comandos sobre os trechos em manutenção; integração parcial com o subsistema de controle de tráfego, sinalizando em seus painéis o estado de energização e de manutenção da rede aérea; e acompanhamento das linhas de média tensão e seus respectivos intertravamentos de segurança (6,6 kV para sinalização).
O “Posto de Controle de Energia” da Linha B é composto por uma estação de trabalho com dois monitores de 21 polegadas, conectados por meio de rede local dualizados. O painel atual foi integrado ao novo sistema para a sinalização, de forma panorâmica, de todas as subestações e cabinas seccionadoras. Os seis painéis retroprojetados novos, previstos na configuração final, serão instalados no futuro CCO Unificado, na Estação Brás, que reunirá os atuais três centros de controle no mesmo local.
“A eficiência e a segurança da operação centralizada de trens aumentam substancialmente, porque é possível visualizar, ao mesmo tempo, os dois subsistemas e, em decorrência disso, agilizar, harmonizar e complementar as ações necessárias para ambos”, afirma Francisco Heimbeck, líder da Equipe de Engenharia de Operações/Sistemas da Gerência de Circulação e Controle Operacional (GOC).
Heimbeck explica que essas operações são viáveis, principalmente, graças aos novos recursos incorporados ao controle de energia de tração já existente, como, por exemplo, a integração de informações entre os subsistemas de tráfego e de energia e a possibilidade de comandar manobras diretamente sobre os terminais de vídeo.
“Quando uma subestação ou um trecho fica inoperante por falta de energia, para se ter uma idéia, a ocorrência é também sinalizada diretamente nos painéis retroprojetados da circulação de trens, permitindo tomarmos decisões com mais rapidez”, explica Nelson Faibicher, antes responsável pelo CCO de Presidente Altino e atualmente no comando do CCO do Brás. Os computadores também informam a classificação das falhas operacionais de acordo com a gravidade.
O novo coordenador do CCO de Altino, Fernando Nunes, também aprova o upgrade tecnológico empreendido pela CPTM. “É um sistema indispensável à operação do trafego ferroviário moderno, por permitir a visualização imediata dos problemas ocorridos no sistema de alimentação de tração das linhas B e C”.
Pioneiro
Embora o sistema anterior, implementado em 1986 pela antiga Fepasa na Linha B e, atualmente, o único entre todas as linhas, atendesse adequadamente às necessidades operacionais, a CPTM promoveu a sua atualização tecnológica. “Apesar de similar a outros sistemas instalados, como nos metrôs de São Paulo, Brasília e Buenos Aires, procuramos realinhar a especificação original às nossas reais necessidades da operação”, afirma Altair do Nascimento, um dos coordenadores dos trabalhos e membro da equipe de engenharia de operação da GOC.
“Inclusive, se precisarmos fazer manutenção nos novos componentes o nosso antigo console de energia assume praticamente as mesmas funções”, diz Nascimento, acrescentando que os dois sistemas coexistirão por algum tempo, até a migração total para o novo CCO Unificado no Brás.
Marcos Cardoso, supervisor de manutenção da Gerência de Manutenção e Instalações Fixas (GOF), que acompanhou a implantação do primeiro sistema (Jeumont - Schneider) nos anos 1980, lembra uma história curiosa. Devido a sua alta confiabilidade e segurança, o equipamento, desenvolvido na França para o controle de tráfego de trens, foi adaptado no Brasil para a função de monitorar e controlar as redes de energia.
Todos os controladores do CCO de Presidente Altino passaram por treinamento. “O pessoal se adaptou muito bem, porque o sistema é bem semelhante ao aplicado no tráfego”, afirma Faibicher.
O novo sistema foi desenvolvido a partir de 2001, pela Alstom e por uma equipe da CPTM, formada por profissionais de diversas áreas técnicas. Também passou por várias a
01/10/2006
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