CRE vota na quarta indicações para embaixadas de Honduras e Argélia



A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) deverá examinar, em caráter secreto, nesta quarta-feira (10), às 10h, as indicações de Mario da Graça Roiter para representar o Brasil junto à embaixada de Honduras e de Henrique da Silveira Sardinha Pinto para ocupar o cargo de embaixador do Brasil junto à Argélia.

Mario da Graça Roiter é ministro de segunda classe da carreira de diplomata do quadro especial do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Por sua vez, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, é ministro de segunda classe da carreira de diplomata do quadro permanente daquele ministério.

Mestre em Administração de Empresas pela Babson College, do estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, Roiter foi cônsul-geral adjunto em Milão, Espanha (1987), cônsul-geral em Porto Rico (1991), e em Atlanta, Estados Unidos(1996). Em 2000, foi encarregado de Negócios da Embaixada de Belgrado, capital da Sérvia, em missão transitória, tendo ocupado, em 2002, cargo de embaixador no Kuaite. Recebeu as comendas Ordem do Mérito Consular em 1992 e Ordem do Mérito das Forças Armadas em 1996. As informações são do MRE.

Segundo informações da Casa Civil, Honduras tem uma população de 32 milhões de pessoas e em 2007 seu Produto Interno Bruto (PIB) foi de US$ 12,3 bilhões. Em 2008, o Brasil exportou para aquele país US$ 135,03 milhões. Honduras tem feito pedidos de financiamento ao Brasil, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na área de infraestrutura, especialmente nos setores elétrico e de infraestrutura rodoviária, no montante global de US$ 781 milhões, ainda sob análise do BNDES.

Há uma expectativa do governo hondurenho de cooperação na área de biocombustíveis e exploração de petróleo em águas profundas. Está prevista também a cooperação dois países em organismos multilaterais e já existe acordo na área de defesa.

Argélia

O indicado para a Embaixada da Argélia, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, formou-se em Direito pela então Universidade do Distrito Federal (UDF) em 1981.No ano seguinte, foi 2º secretário da embaixada brasileira na Itália e 2º e 1º secretário da embaixada de La Paz, capital da Bolívia, em 1986. Dois anos depois, na embaixada do Brasil na Nicarágua, atuou como conselheiro, função que também exerceu em Ottawa, Canadá, em 1997. Em 2006, atuou como chefe de gabinete da Subsecretaria-Geral de Cooperação e Comunidades Brasileiras no Exterior.

Segundo dados da Casa Civil, o Brasil tem procurado estreitar a cooperação política e econômica com a Argélia. Tanto que já havia acordos de cooperação técnica nas áreas de mineração, saúde e meio ambiente ampliados na III Reunião da Comissão Mista Brasil-Argélia em 2008, com ajustes complementares nas áreas de saúde, agricultura e recursos florestais. Nesse momento, está em curso negociação para cooperação na área de defesa.

O Brasil exporta carne e açúcar e importa da Argélia petróleo bruto e nafta, que correspondem a 80% de nossas importações daquele país. O comércio com a Argélia é considerado "de relativa importância" e responde por US$ 3,1 bilhões, sendo que o saldo da balança comercial está negativo para o Brasil em US$ 1,86 bilhões. Justamente por isso, o Brasil deseja participar mais intensamente das compras governamentais argelinas, entre as quais estão a construção de grandes obras, defesa, segurança e vigilância do território.

É também intenção brasileira fornecer aeronaves da Empresa Brasileira de Aviação (Embraer) às companhias aéreas argelinas.



08/06/2009

Agência Senado


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