Criação de emprego formal é recorde em 2010



O Brasil registrou a criação de 2,86 milhões (2.860.809) de empregos formais em 2010, entre celetistas e servidores públicos estatutários, número recorde para um único ano. A criação de empregos corresponde ao crescimento de 6,9% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2009. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais 2010), divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 

O recorde é o maior de toda a série histórica da Rais, que começou a ser feita em 1975. Segundo o ministério, do total de 2,86 milhões de trabalhadores, 2,59 milhões são empregados com carteira assinada e 279 mil de contratados no serviço público. Em 2009, a Rais registrou 1,76 milhão de empregados com carteira assinada e servidores públicos em todo o Brasil. Parta conferir os dados completos, acesse o site do Ministério do Trabalho.

"O número de empregos nos três principais setores da economia cresceu [em 2010] acima do Produto Interno Bruto (PIB). Entre os 22 subsetores da economia, 18 apresentaram crescimento. A maior riqueza do Brasil é o emprego. O salário do brasileiro é o que garante o crescimento do nosso País", comentou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Ele reafirmou que, neste ano de 2011, a economia brasileira deverá gerar 3 milhões de postos de trabalho. E informou que os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) devem ser apresentados na próxima terça-feira (17). 

Com o bom desempenho do mercado de trabalho, o número de trabalhadores com vínculos formais ativos chegou a 44,068 milhões. Se forem computados os inativos, esse montante atinge 66,747 milhões. De 2003 a 2010, a geração de empregos formais atingiu a marca de 15,384 milhões de novos postos de empregos formais, crescimento de 53,63% ao longo do período. 

A média anual de geração de empregos foi de 1,923 milhões de vagas, aumento de 5,51% ao ano, número inédito na história do emprego formal para um período de oito anos consecutivos. De acordo com o ministro Carlos Lupi, isso demonstra a continuidade do processo de formalização da força de trabalho brasileira nos últimos anos.

 

Rais x Caged 

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que abrange somente os empregos celetistas, em 2010 foram gerados 2,555 milhões postos de trabalho. A diferença entre os dados da Rais e do Caged se reduziu substancialmente, quando comparado com os resultados de 2009, devido à incorporação das declarações fora do prazo no próprio Caged,que antes eram contabilizadas apenas na Rais. 

Em 2009, o Caged registrou uma geração de 995,1 mil postos de trabalho, ante um aumento para 1,473 milhão na Rais, considerando o mesmo universo de empregos celetistas.

A Rais foi declarada por 7,617 milhões de estabelecimentos no último ano, sendo 3,403 milhões com vínculos formais (com empregados), e 4,214 milhões de estabelecimentos sem vínculos empregatícios (sem empregados). Houve um crescimento de 2,47% no total de estabelecimentos, em relação a 2009.


Rendimento médio 

Em 2010, o  rendimento médio dos trabalhadores formais apresentou um aumento real de 2,57%, tomando como referência o INPC, ao passar de R$ 1.698,35 em dezembro de 2009 para R$ 1.742,00 em dezembro de 2010. No período de 2003 a 2010, o rendimento médio dos trabalhadores apresentou um crescimento real de 21,29%, proveniente do aumento de 22,13% para as mulheres e de 21,49% para os homens.

 Entre os setores, o de Serviços registrou a maior geração de empregos, com 1,109 milhões de novos postos. Em seguida vem o Comércio, com 689,3 mil empregos, a Indústria de Transformação, com 524,6 mil, e a Construção Civil, com 376,6 mil postos.

 

Rais 

A Relação Anual de Informações Sociais (Rais) é um Registro Administrativo criado pelo Decreto nº 76.900/75, com declaração anual e obrigatória a todos os estabelecimentos existentes no território nacional. As informações captadas sobre o mercado de trabalho formal referem-se aos empregados celetistas, estatutários, avulsos, temporários, dentre outros, segundo remuneração, grau de instrução, ocupação, nacionalidade.  

Entre seus objetivos do relatório estão fornecer subsídios ao FGTS e à Previdência Social; permitir o controle da nacionalização da mão-de-obra; auxiliar na definição das políticas de formação de mão-de-obra; gerar estatísticas sobre o mercado de trabalho formal e prestar subsídios ao Cadastro Central de Empresas (Cempre) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e às pesquisas domiciliares, além de ser utilizada para identificar os trabalhadores com direito ao recebimento do benefício do Abono Salarial.
 

Fonte:
Ministério do Trabalho 
Agência Brasil



11/05/2011 20:11


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