Cristovam defende federalização da educação para resolver crise das instituições



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu, em discurso no Plenário do Senado, nesta sexta-feira (14), a federalização da educação como o melhor caminho para solucionar as crises que ameaçam as instituições. O senador citou vários problemas, como a crise de relação entre os três poderes e a crise da Federação, e os comparou a minas que podem explodir se não forem desarmadas.

Cristovam começou criticando o que considera uma intervenção do Supremo Tribunal Federal no Congresso Nacional ao tentar impedir a discussão do PLC 14/2013, que cria restrições ao estabelecimento de novos partidos. O senador disse que o projeto não é bom, mas que o Supremo não poderia impedir o debate e a aprovação da proposta pelo Congresso.

- O Congresso aprova a lei que quiser e o Supremo depois diz que é inconstitucional – defendeu o senador.

Em seguida, o senador relatou que não acreditou quando soube que o governador do Distrito Federal determinou a reserva de todas as instalações cirúrgicas do Hospital de Base para o caso de acontecer algum incidente durante o jogo do Brasil que haverá na cidade. Para Cristovam, essa é a crise do uso incorreto do dinheiro e dos serviços públicos.

- Felizmente só vai ter um jogo, porque se fossem dez jogos nós ficaríamos aqui semanas com cirurgias adiadas – disse.

O senador também mencionou outros problemas que, em sua opinião, ameaçam as instituições, como a crise de relação entre os três poderes; a aprovação de leis erradas e a omissão em aprovar leis necessárias; a dependência de governos e prefeituras do governo federal; o controle dos governos sobre a mídia; os programas sociais anunciados como política de governo ao invés de serviço do Estado.

- Mas eu não posso fugir a lembrar que o principal elemento detonador de todas essas minas é a falta de um programa radical de educação nesse país – afirmou o senador.

Para Cristovam, a solução para acabar com essas “minas” é a federalização do sistema de educação de base no Brasil. O senador defende a criação de um novo sistema, que vá substituindo o atual aos poucos, por meio da intervenção nacional na educação.

- Intervenção benéfica, pagando todos os professores com recurso da União e construindo as escolas com o padrão das instituições federais desse país, que a gente sabe que são muito melhores do que as instituições, as instalações, os equipamentos municipais e estaduais – concluiu.



14/06/2013

Agência Senado


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