Cristovam deixa uma mensagem de paz na última sessão de 2013
Na última sessão plenária do Senado em 2013, nesta segunda-feira (23), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) fez um discurso inspirado na cultura e tradições dos índios peruanos Aimarás, que há 2.000 anos ensinaram a necessidade de cada ser humano carregar sete tipos diferentes de paz.
A primeira paz, explicou o senador, diz respeito ao passado e à consciência tranquila. Ele assinala que o Brasil, neste caso, carrega remorsos, como um país de escravidão, com uma das piores desigualdades de renda e um dos piores serviços públicos do mundo, além da carga fiscal extremamente alta.
Também faltaria ao Brasil o segundo tipo de paz, a paz com o futuro. O parlamentar disse que é difícil prever se haverá atendimento médico em caso de doença; se o ônibus chegará a tempo ao trabalho; qual será a próxima vítima do trânsito ou dos assassinatos nas calçadas das grandes cidades. A ciência e a tecnologia também são atrasadas em relação a outros países, acresentou.
Outro tipo de paz, assinalou o senador, é aquela que se dá na relação com a terra, e que falta com a ameaça ao equilíbrio ecológico e ao planeta. O senador acrescentou que no Brasil falta, ainda, paz espiritual, em um mundo onde há muito consumismo e valorização dos bens materiais.
O quinto tipo de paz é a paz com a família. Cristovam considerou a nação brasileira como uma grande família e lembrou mais de 500 mil presos. Outro tipo de paz é aquela em relação ao resto do mundo, explicou Cristovam, dizendo que a globalização que desemprega jovens pela Europa é uma ameaça a essa paz.
O último e sétimo tipo de paz é aquele que se tem consigo mesmo, que pode ser resultado de todas as anteriores ou independe delas. Foi a paz que o parlamentar almejou para todos os colegas políticos e para o povo brasileiro.
- É a paz interior que desejo a todos nós e a cada um de vocês em 2014 - disse.
23/12/2013
Agência Senado
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