Cultura: Museu da Casa Brasileira apresenta duas exposições inéditas e lança livro
Exposições dos trabalhos de Máximo Soalheiro e de objetos de prataria serão abertas no dia 3 de fevereiro
O Museu da Casa Brasileira (MCB) apresenta, a partir do dia 3, duas novas exposições: Tipografia/Cerâmica e Prata Italiana do Século 20. O museu oferece ainda aos visitantes amplo jardim com mais de 6 mil metros quadrados e cerca de 200 espécies de árvores brasileiras, que se destacam entre a densa massa de concreto da região. O conjunto arquitetônico do Solar Fábio Prado, construído durante a década de 40, abriga o museu desde 1972.
Em cartaz até o dia 4 de março, Tipografia/Cerâmica exibe trabalhos de Máximo Soalheiro, caracterizados pela mistura de linguagens, que reúnem os resultados de seu trajeto com minérios, tipografia, processos de impressão, tecnologia digital e cerâmica.
Há instalações de peças cerâmicas não utilitárias, como elementos plásticos e gráficos. No ateliê do artista no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, que guarda os fornos de onde brotam suas peças, antigas impressoras ganharam espaço. Sempre entendidas como ferramentas, as máquinas vêm sendo exploradas visualmente não só pelo que são capazes de produzir, mas por suas formas e engenhosidade.
Lançamento literário
No dia de abertura da mostra será lançado o livro Tipografia/Cerâmica, com texto de Marília Scalzo, produzido artesanalmente no prelo Schelter & Giescke e na impressora Guarani, ambos da década de 30 e totalmente manuais. Foi utilizada também uma Heidelberg de leque da década de 70. As tintas para as impressões tipográficas foram desenvolvidas a partir dos minerais utilizados inicialmente na cerâmica e adaptados para uso na impressão. As impressões em off-set do livro e da brochura foram feitas na Rona Editora, Belo Horizonte.
Em sua introdução sobre a trajetória, as pesquisas, as experiências e a arte de Máximo Soalheiro, Marília Scalzo escreve: “Uma viagem que começa nos barrancos de Minas Gerais, em busca de argila, passa por anos de pesquisa para dominar técnicas, tecnologias, matérias e elementos, transformando barro em obras de arte, e desemboca num enlace feliz da cerâmica com a tipografia. As duas vistas sob um olhar inédito e inusitado”.
Designers conceituados
Até o dia 25 de março, os visitantes poderão apreciar a exposição Prata Italiana do Século 20 – da Arte Decorativa ao Design, que apresenta 60 peças do acervo do Museu de Prataria Contemporânea da Fundação Sartirana Arte, de Pavia. As peças compõem expressivo panorama de objetos e utensílios da prataria italiana, como candelabros, vasos, jarras, talheres, bandejas e lâmpadas. A maior parte da mostra, que já esteve na Cidade do México, Tóquio, Pequim e Washington, traz a produção mais recente, a partir da década de 60, de designers como Alessandro Mendini, Carlo Scarpa, Ettore Sottsass e Vico Magistretti.
A peça mais antiga é uma molheira Finzi, de 1936, que integra a parte histórica com outros oito objetos dos tempos do artesão-ourives. Instalado no Castello di Sartirana, o Museu de Prataria Contemporânea foi criado inicialmente para retratar o trabalho desses artesãos. Aos poucos, acrescentou peças de renomadas oficinas italianas de design: Finzi Arte, São Lorenzo, Gabriele de Vecchi, Cleto Munari, Memphis.
Alguns nomes que assinam o design das peças em exposição no MCB estão entre os mais expressivos do século passado. Entre eles, Roberto Sambonet, que também teve importância na trajetória do design brasileiro, como colaborador do casal Pietro e Lina Bo Bardi no Museu de Arte de São Paulo (Masp), ainda nos tempos da Rua 7 de Abril.
Outros conceituados designers com peças na mostra são Mario Botta, Gabriele e Piero de Vecchi, Olga Finzi Baldi, Paolo Portoghesi, Ambrosio Pozzi, Afra e Tobia Scarpa, Peter Shire, Massimo Zucchi, Ambroglio Pozzi e Michele De Lucchi.
Serviço
A abertura das duas exposições e o lançamento do livro serão no dia 3 de fevereiro, às 11 horas
Museu da Casa Brasileira (MCB): Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.705
De terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas
Ingressos custam R$ 4. Estudantes pagam meia-entrada
Aos domingos, a visitação é gratuita
Há acesso para portadores de deficiência física
Mais informações, pelos telefones (11) 3032-3727 ou 3032-2499
Para agendar visitas monitoradas, o telefone é (11) 3032-2564 e o e-mail é [email protected]
01/26/2007
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