DAEE conta com radar em Salesópolis



Rede Telemétrica complementa as informações

Para monitorar o risco de cheias, o DAEE dispõe de diversos instrumentos. Um deles é um radar meteorológico instalado no município de Salesópolis, região de Mogi das Cruzes, que fica a cerca de 80 quilômetros da capital.  

Esse radar cobre um raio de 240 quilômetros, a partir de Salesópolis e mede a intensidade de chuvas potenciais a uma altitude de aproximadamente 3.000 metros. Ou seja, ele verifica o potencial de chuva contido nas nuvens que estão numa altitude de 3 quilômetros e num raio de 240 quilômetros de distância.  

“Quando o radar indica que há uma chuva potencial de 100 mm por hora, não quer dizer, necessariamente, que vai cair uma chuva de 100 mm. Certamente cairá menos, mas é um indicativo do quanto severo será o evento chuvoso”, explica o coordenador da Unidade de Gerenciamento de Informação de Cheias do DAEE, Ricardo Borsari.  

Medição  

Como o radar mede uma tendência, uma potencialidade, os técnicos necessitam de outros instrumentos para complementar os dados e fazer as previsões. Assim, o DAEE conta também com informações da Rede Telemétrica, que são postos de medição do nível de água e de intensidade de chuva no solo. 

Para isso, foram instalados pluviômetros (aparelhos que medem o índice de chuva) em terra ou margem de rios e fluviômetros (aparelhos que medem o nível de água de rios) em diversos pontos da região metropolitana.  

Os pluviômetros medem o volume da chuva em milímetros. Cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado. Esses dados são importantes para que os técnicos identifiquem a distribuição das chuvas. Já os fluviômetros medem o nível dos rios da grande São Paulo e das barragens do Alto Tietê. Esses dados são transmitidos para o COD, automaticamente, via telefone celular e atualizados a cada dez minutos. 

A região metropolitana conta com cerca de 40 postos de medição espalhados em diversos pontos, como os rios Tietê, Tamanduateí, Pinheiros, Ribeirão dos Couros, entre outros. 

Dados complementares

Outro instrumento importante de medição é o conjunto de piscinões construídos pelo Governo do Estado nas bacias do Alto Tamanduateí, Pirajuçara e Ribeirão Vermelho. Atualmente, o Estado conta com 24 piscinões em funcionamento e outros quatro em fase de implantação.  

Também são utilizados os postos de medição de chuva das Sub-Prefeituras da capital e, na região do ABC, do Corpo de Bombeiros. Esses postos são usados para medir eventuais problemas causados pelo excesso de chuvas em rios da região metropolitana.  

Além de todos esses instrumentos, os técnicos se valem das previsões do tempo feitas por diferentes institutos, como Climatempo, CPTEC, Tempoagora, entre outros, e de informações do Centro de Gerenciamento de São Paulo, que, com o apoio do CET, informa todos os pontos de alagamento da cidade.  

Com base nesse conjunto de informações é que os técnicos conseguem prever se, no período de uma hora ou uma hora e meia, existe o risco de transbordamento de um córrego ou curso d’água na região metropolitana.  

Cíntia Cury 



02/04/2008


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