Denúncias foram equívocos da imprensa, diz relator



Nesta terça-feira (3), o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), leu o relatório final que elaborou e que deverá ser votado ainda na quinta-feira (5). No texto, o relator não pede o indiciamento de nenhum dos acusados de uso irregular de cartões corporativos e afirma que a maior parte das denúncias iniciais resultou de equívocos.

Ao longo do relatório, Luiz Sérgio defendeu a manutenção do uso de cartões corporativos e concluiu que as denúncias não eram procedentes, tendo sido, em sua maioria, originadas em erros da imprensa.

- Ao longo do trabalho da CPMI, ficou evidente que o juízo favorável à utilização dos cartões encontra eco entre técnicos, autoridades e políticos dos mais variados matizes ideológicos que se dispuseram a travar um debate sério e isento sobre o tema. Disso concluímos que a opinião pública foi vitimada por informações pouco precisas, embora houvesse, realmente, casos isolados de uso incorreto de cartão de pagamento do governo federal que mereceram a atenção desta comissão bem como dos órgãos de controle competentes - disse Luiz Sérgio, na leitura do texto.

Para reforçar a afirmação, o relator também citou informações trazidas à CPI Mista pelo ministro do Controle e da Transparência, da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage Sobrinho. Segundo o ministro, a CGU teria concluído que todas as 56 denúncias divulgadas pela mídia até então, relatando uso indevido dos cartões, "eram desprovidas de fundamento". Para o relator, os jornalistas responsáveis pelas reportagens "foram induzidos a erro pela análise de informações incompletas".



03/06/2008

Agência Senado


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