Desaceleração da atividade econômica é prevista por ministro do Desenvolvimento e pelo presidente do BNDES



Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nesta terça-feira (18), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, coincidiram no entendimento de que haverá uma desaceleração econômica no país decorrente da crise financeira mundial. Ambos também concordaram na importância da manutenção do nível de investimentos.

Apesar de não se ter ainda uma dimensão dos possíveis impactos da crise global no país, Miguel Jorge considera que a desaceleração econômica é "um cenário inevitável". O ministro observou que o bom nível de crescimento da economia brasileira vem sendo mantido pelos investimentos e pelo consumo das famílias. Isso explica, como afirmou, o esforço do governo para dar sustentação aos investimentos, para "estabelecer limites à desaceleração do crescimento nos próximos anos".

Já o presidente do BNDES afirmou, inicialmente, que os desembolsos da instituição neste ano devem somar cerca de R$ 90 bilhões. Ele apresentou esse dado logo após destacar o papel do banco na promoção e na indução de investimentos do setor privado. Coutinho argumentou que a manutenção do nível dos investimentos é essencial para que o Brasil possa enfrentar a crise financeira internacional e sustentar o crescimento da economia. Reconheceu, no entanto, que "é muito provável que, em 2009, haja uma desaceleração da atividade econômica no país".

- A taxa de crescimento do país provavelmente será muito mais moderada, no ano que vem, do que a atual - declarou ele.

Uma das finalidades do debate que acontece na CAE é analisar a proposta de criação do Fundo Soberano que está sendo defendida pelo governo.

Mais informações a seguir



18/11/2008

Agência Senado


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