Diretor da Anvisa cita estatísticas de riscos das próteses mamárias
Logo no início da audiência pública sobre saúde da mama, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, lembrou que o Brasil é o segundo maior mercado de próteses mamárias do mundo. Ele também citou estatísticas segundo as quais até 1% das próteses podem sofrer ruptura após um ano do implante, e até 10%, após dez anos.
- É freqüente que, após cinco anos e conforme o tempo passa, a pessoa que fez o implante precise passar por um novo procedimento cirúrgico - observou.
Ao comentar os problemas causados pela prótese de silicone da marca francesa Poly Implant Prothese (PIP), o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, José Horácio Aboudib, indicou haver indícios de que essa empresa não fraudou toda a sua produção, porque, segundo ele, em alguns casos de retiradas do implante verificou-se unidades de boa qualidade e outras de má qualidade. Aboudib também disse que "não há trabalho científico que dê respaldo à conduta do governo francês, que recomendou a remoção imediata das próteses".
- Não concordamos com isso, inclusive porque há problemas logísticos - disse Aboudib, acrescentando que "o pânico é muito mais grave para a saúde das pacientes".
Essa audiência, que acontece neste momento na sala 9 da Ala Alexandre Costa, é promovida por duas comissões do Senado: a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
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14/02/2012
Agência Senado
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