Dirigentes da Cultura falam sobre perspectivas do setor até 2020



No momento em que o setor audiovisual brasileiro trabalha seu Plano de Diretrizes e Metas até 2020, dentro do Conselho Superior de Cinema, o Ministério da Cultura (MinC) intensifica ações de fomento e incentivo à área, buscando cumprir as determinações do Plano Nacional de Cultura (PNC) para o segmento.

As metas incluem o lançamento anual de 150 filmes brasileiros de longa-metragem no mercado nacional e a participação em 27% da bilheteria de cinema no País, além da disponibilização de conteúdos audiovisuais licenciados ou em domínio público, pela internet, bem como a implantação de núcleos de produção digital em 100% das unidades da Federação, o incremento em 100% do número de beneficiados por ações de fomento à pesquisa, formação e produção do conhecimento, o desenvolvimento permanente de atividades de arte e cultura nas escolas públicas de educação básica e o aumento em 70% das atividades de difusão e intercâmbios culturais, tanto no Brasil como no exterior.

As duas primeiras metas citadas acima são de competência da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e as demais estão estruturadas dentro das ações da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC). No final de 2011, foram lançados cinco novos editais de financiamento à produção cinematográfica, com investimentos totais de R$ 17,9 milhões. Os recursos estão sendo direcionados para a produção de filmes de baixo orçamento, documentários, curtas-metragens e realização de roteiros cinematográficos.

Aos editais somam-se mudanças na operacionalização do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que possui linhas de financiamento para produção, distribuição e comercialização e agora será gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A expectativa do presidente da Ancine, Manoel Rangel, é do repasse de R$ 2 bilhões ao banco, até 2015.

Rangel disse que está havendo uma consolidação da infraestrutura nacional para o crescimento da indústria Brasileira de cinema. “De um lado observa-se o fortalecimento de empresas com produções regulares e qualidade crescente, e de outro lado, o surgimento de uma nova e talentosa geração de realizadores”, comentou.

Ele aposta em um cenário ampliado até 2020, com o lançamento anual de 150 filmes nacionais e a comercialização de cerca de R$ 60 milhões de bilhetes, juntamente com o funcionamento de 4.550 salas de cinema em todo o País. Disse, ainda, que o audiovisual brasileiro também amplia os seus horizontes, com o crescimento da produção independente de cinema na grade de programação das televisões.

Em 2011, a produção cinematográfica nacional atingiu a marca de 100 lançamentos anuais de filmes de longa-metragem e obteve uma participação em torno de 13% na venda total de ingressos de cinema, com mais de 18 milhões de bilhetes comercializados.

Apesar de inferiores aos resultados de 2010, quando o País teve o fenômeno de bilheteria “Tropa de Elite 2” -, Manoel Rangel considera razoável este desempenho e apontou o crescimento dos números de filmes com bilheteria superior a 1 milhão de espectadores como dado positivo em relação ao ano de 2010. Em 2011 foram sete filmes contra cinco em 2010.

Para consolidar o fortalecimento do setor e levá-lo a alcançar as metas prevista no PNC, até o ano de 2020, o presidente da Ancine considera fundamental o apoio institucional à indústria de conteúdos no Brasil e a garantia de uma firme colocação dos filmes nacionais no mercado interno.

 

Fonte:
Ministério da Cultura



27/01/2012 23:42


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