Distribuição de renda reduz desigualdade no País ao menor nível da história, diz FGV



A desigualdade no Brasil atingiu, no ano passado, o menor nível da história, segundo o estudo “Desigualdade e Renda na Década”, divulgado nesta terça-feira (3) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. O Índice de Gini chegou a 0,5304 em 2010, superando o patamar da década de 60 (quanto mais o índice se aproxima de 1, mais desigual é o país). 

A partir de dados do Censo 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou que 16.267.197 de pessoas vivem com renda per capita mensal de até R$ 70 no Brasil. Essa é a linha da extrema pobreza definida pelo governo federal, que embasará o programa Brasil sem Miséria, a ser lançado nas próximas semanas pela presidenta Dilma Rousseff. 

O relatório da pesquisa diz que a queda entre setembro de 2009 e setembro de 2010 foi de 11,82%. De dezembro de 2009 a dezembro de 2010 a queda foi de 16,3%, sendo 8,7% nos quatro últimos meses. Em 2010, a pobreza no País caiu 16% e atingiu a marca de 67,3% desde a implantação do Plano Real: 31,9% no governo Fernando Henrique e 50,6% durante o governo Lula, superando o período de implementação do plano. 

Considerando apenas a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) a pobreza caiu 50,64% entre dezembro de 2002 e dezembro de 2009. Na combinação da PME com a Pesquisa Nacional de Amostras a Domicílio (Pnad), 51,9% dos brasileiros melhoraram de renda no governo Lula.

Segundo a Pnad, entre 2001 e 2009 a renda per capita média brasileira subiu 23,7% em termos reais, descontando a inflação e o crescimento populacional. A renda dos 10% mais pobres no Brasil subiu 69,08% no período. Este ganho cai na medida em que nos aproximamos do topo da distribuição, atingindo 12,8% entre os 10% mais ricos, taxa de crescimento mais próxima da média que a dos pobres.


Fonte:
Agência Brasil
Blog do Planalto 



03/05/2011 18:56


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