Dólar completa 40 dias de queda
Em queda a partir de 30 de outubro, o dólar comercial no Brasil fechou ontem em US$ 2,39. É a menor cotação da moeda americana desde 3 de julho. Segundo o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, essa baixa mostra que a economia brasileira está descolada da crise argentina. "As últimas semanas apontam nessa direção", declarou. Armínio acredita que há espaço para um recuo ainda maior. O ministro da Economia argentino, Domingo Cavallo, passará o fim de semana nos Estados Unidos, tentando convencer o Fundo Monetário Internacional a liberar o empréstimo de US$ 1,26 bilhão retido porque o país não cumpriu a meta do déficit fiscal. (pág. 1 e 14)
COLUNAS
(Coisas da Política - Dora Kramer) - A pressa, sabemos muito bem todos nós, inimiga de quem é. Pois outro dia, aqui mesmo neste espaço, foi feita uma concessão à imperfeição de raciocínio justamente por certa pressa em chegar a uma conclusão. Foi a respeito das declarações do candidato do PPS, Ciro Gomes, dizendo que Fernando Collor de Mello foi vítima de preconceito contra os nordestinos.
Felizmente, não estávamos sós na afoiteza. O próprio presidente do partido, senador Roberto Freire, reagiu, lembrando que Collor foi vítima de sua aliança com um esquema corrupto. E tudo ficou valendo como se Ciro tivesse cometido a infantilidade de corroborar as teses que o comparam ao presidente que teve mandato interrompido.
Com mais paciência, procurando saber exatamente porque Ciro teria cometido tamanha e aparente tolice, descobre-se por trás daquela declaração um raciocínio muito mais elaborado a respeito, não do personagem que o Brasil rechaça, mas do comportamento da elite do Sudeste que, na visão de Ciro, ainda está à espreita, esperando um candidato. Ou melhor: está examinando o quadro para ver se é segura a adesão a José Serra. (...) (pág. 2)
(Informe JB - Ricardo Boechat) - Sem o socorro financeiro que solicitou ao Governo, a Transbrasil deve formalizar pedido de falência nas próximas horas.
Ontem, na Aeronáutica, tinha-se como certo que a data-limite é quarta-feira que vem. (pág. 6)
EDITORIAL
"Mar sem lei" - O assassinato do velejador neozeladês Peter Blake é uma vergonha para o Brasil. Blake era tão conhecido mundialmente quanto Jacques Custeau e considerado o seu sucessor, um homem que aliava sua militância pelo meio ambiente a um passado esportivo que o tornou o maior velejador do mundo. venceu duas vezes a América´s Cup, considerada a Fórmula 1 da Vela. (...) (pág. 8)
12/08/2001
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