É PRECISO DAR UM BASTA À CORRUPÇÃO, DIZ ACM
A defesa da moralidade e o combate à corrupção, pública e privada, deve ser a grande bandeira do Congresso Nacional que, para fiscalizar com autoridade, deve começar dando o exemplo, com a punição dos maus parlamentares. Afirmou o senador Antonio Carlos Magalhães, presidente do Senado, ao abrir hoje (18) a audiência pública promovida pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa,para debater a questão do combate à corrupção, com a participação de dois procuradores italianos - Paolo Ielo e Piercamillo Davigo - que integram a "Operação Mãos Limpas".
Desde 1992, o Ministério Público italiano já prendeu centenas de políticos e empresários, recuperando bilhões de dólares para os cofres públicos do país.
Diante de uma assistência constituída de parlamentares, representantes do Judiciário e do Ministério Público, estudantes de Direito, além do embaixador da Itália e do ministro-chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, Antonio Carlos Magalhães deu as boas-vindas aos procuradores italianos e cumprimentou os senadores Bernardo Cabral (PFL-AM), presidente da CCJ, e Pedro Simon (PMDB-RS) pelo esforço e empenho para a realização do debate em torno do problema da corrupção e dos mecanismos para melhorar a eficiência dos poderes públicos em seu combate.
O presidente do Senado e do Congresso pediu um esforço permanente e intransigente na promoção da moralidade pública e na repressão da corrupção, lembrando que "a imoralidade pública é claramente contagiosa".
No entender de Antonio Carlos Magalhães, "o êxito de qualquer administração passa pela moralidade pública". Onde falta a moralidade pública, ressaltou, "nada é feito e nada se constrói". A corrupção, alertou Antonio Carlos Magalhães, "começa em cima e corrói todo o tecido da administração". A preocupação com o tema e a organização do debate público "é uma demonstração de que o Senado está vivendo o momento nacional e quer contribuir para seu aprimoramento", acrescentou.
Ele garantiu que "esta é uma bandeira que vamos levar em frente, mesmo que isso prejudique parlamentares". No entender do senador, "os exemplos têm que começar em casa, para que sejam seguidos pela nação". Antonio Carlos Magalhães defendeu um "poder independente e fiscalizador, com autoridade para fiscalizar, pois do contrário não terá como punir os erros que, infelizmente, são cometidos em vários pontos do país".18/09/1997
Agência Senado
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