Economia acelera no final do ano e cresce 7,4% em 2010, prevê Serasa Experian



O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) avançou 0,7% em dezembro/10 frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. Com este resultado, a atividade econômica expandiu-se 0,8% no último trimestre de 2010, fazendo com que o crescimento acumulado em 2010 atingisse 7,4%, o maior de toda a série histórica do indicador iniciada em 1991. Caso as Contas Nacionais do IBGE confirmem este resultado, será a mais elevada taxa de crescimento da economia brasileira desde 1986, ano em que o PIB avançou 7,49%.

O mercado interno foi o principal sustentáculo do crescimento da economia brasileira em 2010: a formação bruta de capital fixo avançou 21,5% no ano passado, após ter recuado 10,3% em 2009; já o consumo das famílias, impulsionado pelo crédito e pelos ganhos reais de renda, cresceu 6,6% em 2010 acima dos 4,2% registrados no ano anterior.

Em menor grau, o consumo do governo cresceu 3,5% no ano passado e o setor externo, com as importações evoluindo mais acentuadamente que as exportações (36,2% contra 11,9%), acabou pesando negativamente sobre o crescimento econômico brasileiro no ano passado.

Já pelo prisma da oferta agregada, o crescimento de 7,4% verificado em 2010 deveu-se ao forte avanço da atividade industrial, a qual registrou elevação de 10,3% no ano passado. A agropecuária e o setor de serviços evoluíram a taxas bastante semelhantes em 2010: 5,9% e 5,3%, respectivamente.

Para os economistas da Serasa Experian, dificilmente a economia brasileira conseguirá exibir um desempenho semelhante ao de 2010 durante os próximos anos. Além do fato deste crescimento ter ocorrido sobre uma base fragilizada de comparação (em 2009 a economia brasileira encolheu 0,6%), as medidas de contenção do crédito e o ciclo de aperto monetário em vigor irão imprimir um ritmo mais moderado para o crescimento do PIB em 2011.


Metodologia

Na construção do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) utilizam-se técnicas estatísticas de desagregação temporal com indicadores (Chow-Lin, Fernandez, Litterman e Santos Silva-Cardoso).

 Cada subcomponente do PIB Trimestral, sem ajuste sazonal, oriundo do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, foi desagregado, por cada uma das técnicas supramencionadas, utilizando-se séries de alta freqüência (mensais) altamente correlacionadas com a série a ser desagregada. Considerou-se como estimativa final de cada série mensal associada a cada um dos subcomponentes do PIB Trimestral a média aritmética simples dos valores mensais obtidos por cada uma das técnicas distintas de desagregação temporal.

As séries mensais finais dos subcomponentes foram utilizadas como indicadores para a obtenção das séries dos níveis hierárquicos imediatamente superiores, sempre considerando como estimativas finais, em cada etapa, as médias aritméticas dos valores obtidos pelas quatro técnicas de desagregação temporal. Tal procedimento foi conduzido até chegar-se à última desagregação temporal, ou seja, do PIB Trimestral Consolidado, sendo que, para tanto, consideramos como indicadores mensais as séries desagregadas dos componentes da oferta agregada.

Para a obtenção das estimativas mensais das séries do PIB Trimestral com ajuste sazonal, cada componente mensal desagregado nos procedimentos anteriores (sem ajuste sazonal) foram ajustados sazonalmente utilizando-se TRAMO/SEATS constituindo-se, assim, os indicadores mensais a serem utilizados nas técnicas de desagregação temporal das séries, com ajuste sazonal, do PIB Trimestral.


Fonte:
Serasa Experian

 

22/02/2011 15:48


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