Economia criativa cresce mais que o PIB no Brasil



A cultura pode ser usada para incentivar o desenvolvimento econômico justo e sustentável de um país. As atividades culturais são estratégicas e geram trabalho, emprego e renda, além de promover a inclusão social, especialmente entre jovens.

Pesquisas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicam uma participação de 7% de bens e serviços culturais no PIB mundial, com crescimento anual previsto em torno de 10% a 20%. No Brasil, o crescimento médio anual dos setores criativos (6,13%) foi superior ao aumento médio do PIB nacional (cerca de 4,3%) nos últimos anos. 

Segundo organização feita recentemente pela Secretaria da Economia Criativa, no Ministério da Cultura, o Brasil tem cinco setores criativos:

Patrimônio (materiais e imateriais, museus e arquivos); 

Expressões culturais (artesanato, artes visuais, culturas afro, indígena e populares);

Artes e espetáculo (dança, música, circo e teatro);

Audiovisual, livro e literatura (cinema e vídeo, e publicações);

Criações funcionais (moda, arquitetura, design e arte digital).

Mais detalhes desta organização podem ser verificadas no Plano da Secretaria da Economia Criativa – 2011 a 2014.

No Brasil, 320 mil empresas estão voltadas para a produção cultural (quase 6% do total de empresas no País). Empregam formalmente cerca de 3,7 milhões de pessoas e são responsáveis por 8,5% dos postos de trabalho, segundo levantamento recente feito pelo IBGE.

A média salarial paga pelo setor é quase 44% superior a da nacional. Ainda assim, a área aguarda uma alavancagem das produções nacionais e a construção de espaços de lazer – atualmente apenas 21% das cidades brasileiras contam com salas de teatro e apenas 9% possuem salas de cinema, segundo o instituto.

O uso da cultura para aquecer a economia exige ações diferenciadas. Nos últimos anos, o Estado brasileiro tem apoiado a produção e difusão de atividades culturais por meio de programas de fomento ou leis de incentivo (Lei Rouanet).

Outra modalidade de suporte são as linhas de financiamentos oferecidos por bancos de fomento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Entre 2000 a 2008, os desembolsos do BNDES a projetos ligados à cultura foram de aproximadamente R$ 300 milhões.

Para apoiar o crescimento do setor, a Secretaria da Economia Criativa planeja aumentar a quantidade de pesquisas sobre do mercado brasileiro, articular e estimular o fomento direcionado aos projetos criativos, aumentar a capacitação de gestores culturais e mesmo de cursos para formação em universidades e centros tecnológicos; além de apoiar a produção, distribuição e consumo dos serviços e bens criativos.

Fonte:



05/09/2013 17:57


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