Ecovias garante U$ 240 milhões para concluir segunda pista da Imigrantes



Com ritmo de trabalho acelerado, obra será entregue antes do prazo

Com ritmo de trabalho acelerado, obra será entregue antes do prazo O governador Geraldo Alckmin presidiu nesta segunda-feira, dia 2, a solenidade de assinatura de contrato de financiamento no valor de US$ 240 milhões, obtido pela Ecovias com o BNDES e o BID para conclusão da pista descendente que completa o Sistema Anchieta/Imigrantes. Com 21 quilômetros de extensão construídos segundo a mais moderna tecnologia, a nova pista é formada em sua maior parte por túneis e viadutos e deverá estar concluída em dezembro do próximo ano. Esse prazo antecipa em cinco meses o compromisso contratual firmado entre a concessionária Ecovias e a Secretaria dos Transportes. Alckmin lembrou que “essa obra era a menina dos olhos do governador Mário Covas”, não apenas por aproximar São Paulo de Santos, terra natal de Covas, “era pelo seu significado para o desenvolvimento de São Paulo e do Brasil, em termos de redução do custo Brasil, do aumento das exportações ao facilitar o acesso ao Porto de Santos e ao Pólo Petroquímico”. Alckmin lembrou ainda que a nova pista é considerada a mais importante obra de engenharia rodoviária em execução na América do Sul. “Essa rodovia deveria chamar 'rodovia do emprego' pela quantidade de trabalhadores que já está utilizando. Atualmente, 4.500 pessoas trabalham em ritmo acelerado, durante 24 horas”, disse Alckmin. O incremento ao turismo e o conforto aos usuários também foram lembrados pelo governador entre os benefícios que a estrada promete. O anseio da população, que há vinte anos espera pela segunda pista da rodovia, foi ressaltado pelo secretário dos Transportes, Michael Zeitlin, que parabenizou as administrações de Mário Covas e o de Geraldo Alckmin pela concretização da obra, um desafio técnico importante pelas características dos trabalhos exigidos. “Essa obra se insere dentro de um plano importante do Governo do Estado que é a resolução do problema de transporte da ligação do Planalto Paulista com o Litoral de São Paulo”, disse. Ele avaliou que esta ligação é o problema mais grave que a Secretaria dos Transportes tem enfrentado. “Só na Região Metropolitana de São Paulo há cerca de 17 milhões de pessoas que juntamente com a população do Interior do Estado procuram o Litoral. Por isso, essa ligação tem que ser planejada para períodos de pico como os feriados prolongados”, lembrou Zeitlin, informando que a pista descendente aumenta a capacidade de tráfego de oito mil veículos/hora para 14 mil veículos/hora. O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alcides Tápias, falou sobre a melhoria da qualidade de vida que será proporcionada à população de todo o Estado. Ele observou que todo o movimento do Porto de Santos será imensamente beneficiado com o ganho de tempo possibilitado pela pista descendente. “Isso facilitará o crescimento do País e gerará empregos tanto na Baixada quanto no Planalto Paulista”, disse. O diretor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no Brasil, Waldemar Wirsig, disse que além de ser um corredor de exportação, a duplicação da Imigrantes representa uma melhoria sensível para o usuário pela redução de gastos e segurança que ela significa. Wirsig fez questão de ressaltar a preservação do meio ambiente pela concessionária em toda a extensão da pista. “A Ecovias obedece a todas as normas ambientais e sociais exigidas pelo BID, tarefa que não é fácil”, afirmou. Entre as medidas de preservação do meio ambiente está a construção de quatro estações de tratamento que purificam a água surgida nas escavações dos túneis, eliminando o risco de contaminação dos rios e córregos que contribuem para o abastecimento hídrico da Baixada, técnica inovadora elogiada por ambientalistas. O presidente do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Francisco Gros, disse estar satisfeito em participar da solenidade que representa parcerias. “Acho que o espírito das parcerias é o principal tema desta cerimônia”, disse, ressaltando que o BNDES está financiando R$ 172 milhões para a execução da segunda pista. Ele também destacou a geração de empregos que a rodovia proporcionará: “Estamos apoiando um projeto que, durante a construção, criará sete mil postos de trabalho e 1.500 durante sua operação”. Ma

04/02/2001


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