Educação: Escola estadual cria Clube da Correspondência para estimular o hábito da troca de cartas



Entre os objetivos estão o resgate da carta manuscrita e o uso da carta social, com baixo custo

E-mails, MSNs, ORKUTs… é tudo muito fantástico

No mundo da tecnologia

Mas como era bom abrir o portão

E atender o carteiro com uma mensagem na mão.

Sempre uma nova notícia,

Um convite... um desabafo...

Papéis coloridos, perfumados,

Muitas vezes adesivados.

Depois, a resposta, o andar até o correio e esperar

Por alguns dias novamente o carteiro...

Bons tempos aqueles...

O texto acima, escrito pela professora Vera Márcia Rocca Bortolozo, pode até parecer saudosista. Se comunicar hoje, significa usar o telefone, o computador, o torpedo via celular... Mas na Escola Estadual José Belúcio , de Fernandópolis, no interior do Estado, o resgate da carta tradicional – feita com papel, caneta, envelope e selo - virou atividade do Hora da Leitura , com o nome de Clube da Correspondência .

 Os alunos da 5ª série foram os primeiros a participar da iniciativa que pretende, entre outras coisas, resgatar a carta manuscrita e a postagem que, apesar de muitos não saberem, conta com a facilidade da chamada carta social, opção ideal para o público de baixa renda: o custo de envio é bastante reduzido.

Além dos muros da escola

“Toda a produção dos alunos intercambiada através da correspondência deixa de ser meramente escolar para ganhar o status de produto cultural socialmente usufruído, permitindo ao aluno experimentar uma nova dimensão”, explica o diretor da escola, Carlos Antônio de Jesus Cabral.

Como funciona

Primeiro os alunos escreveram uma cartinha para as professoras da 4ª série, fazendo agradecimentos e contando sobre a experiência com a Escola de Tempo Integral . A surpresa veio em seguida: quase todos os alunos obtiveram resposta, e ainda receberam a visita das professoras para agradecer e elogiar o projeto.

“Também já enviamos cartões às mães no dia dedicado a elas. Agora nossos alunos irão se corresponder com estudantes de outras escolas para fazer novas amizades e trocar experiências. Com isso, valorizamos ainda mais nosso projeto”, conclui o diretor.

Celso Bandarr

05/31/2006


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