Educação: Projetos de escolas estaduais serão expostos na Bienal de Arquitetura em Veneza



De 10 de setembro a 19 de novembro, arquitetos, professores, urbanistas, designers e pessoas do mundo inteiro se reunirão na Itália

A convite da organização da 10ª Bienal Internacional de Arquitetura em Veneza, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) – órgão executor da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo – responsável pelas construções escolares apresentará oito projetos de escolas estaduais em estruturas pré-fabricadas, alguns deles publicados no Brasil e no exterior. 

A participação da  FDE neste evento representa um reconhecimento internacional ao trabalho desenvolvido por profissionais da instituição e dos arquitetos paulistas.

Este ano, o tema da Bienal é “Cidades, sociedade e arquitetura”, que teve por base a explosão demográfica das metrópoles. Segundo dados da organização do evento, hoje mais da metade da população mundial vive nas áreas urbanas, quando há um século este índice era inferior a 10%.

Por isso, o objetivo da Bienal será mostrar a interação da estrutura física das cidades – suas construções, espaços e ruas – com o aspecto sócio-cultural e as dimensões econômicas da existência nas regiões urbanas. Cidades populosas de diferentes continentes, como, Berlim, Barcelona, Cairo, Bogotá, Londres, Johannesburg, Cidade do México, Shangai, Tokyo, Nova York, Mumbai (Índia), Istambul, Los Angeles e São Paulo, apresentarão suas experiências arquitetônicas e projetos urbanos.

  O Governo do Estado de São Paulo, por meio da FDE, participará com a exposição de oito projetos de escolas em estruturas pré-fabricadas. São eles: EE Telêmaco Paioli Melges (Campinas) de autoria do escritório Una Arquitetos S/C Ltda; EE Conjunto Habitacional Campinas E 1B, do escritório André Vainer e Guilherme Paoliello Arquitetos Ltda; EE Conjunto Habitacional Campinas F1, do escritório MMBB Arquitetos Ltda; EE Jornalista Roberto Marinho (Campinas), do escritório Andrade Morettin Arquitetos Associados Ltda; EE União de Vila Nova III e EE União de Vila Nova IV (São Paulo) do escritório Barossi & Nakamura Arquitetos Ltda e Herenu + Ferroni Arquitetos Ltda; EE Jardim Umuarama (São Paulo) do Estúdio 6 Arquitetos S/C Ltda; EE Jardim Ipanema (São Paulo) do escritório Ubyrajara Gilioli Arquitetos Associados S/C Ltda; e EE Ataliba Leonel/Pedro de Moraes Victor (São Paulo), do escritório SBR Arquitetos Ltda.

De setembro a novembro estarão expostos na Bienal  painéis das obras mencionadas, que foram objeto de recente publicação da FDE, Arquitetura Escolar Paulista: estruturas pré-fabricadas, organizada pelas arquitetas Avany de Francisco Ferreira e Mirela Geiger de Mello.

Projetos diferenciados

  O sistema construtivo de estruturas pré-moldadas está sendo utilizado pela FDE desde 2003, com o objetivo de garantir melhor qualidade, durabilidade, menor custo de manutenção e redução nos prazos de viabilização da obra. Outro diferencial destes projetos é a incorporação ao espaço de vivência da quadra de esportes coberta, o que além de gerar mudanças significativas  nos projetos arquitetônicos, amplia as funções do prédio, dá novo valor ao espaço e incentiva a maior participação da comunidade na escola.

  De acordo com a recente publicação da FDE, na maioria das vezes, o prédio escolar é um dos únicos equipamentos públicos disponíveis na periferia de nossas áreas metropolitanas e se sobressai por sua escala na imensidão formada por autoconstruções e por conjuntos habitacionais. Desta forma, é inegável a contribuição dos arquitetos para dar uma identidade a essa produção, que se distingue pela qualidade espacial proposta, pelo arrojo e modernidade expressos

09/01/2006


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