Educação: TecnoTrilha leva professores da rede pública para conhecer o centro de SP
O projeto prevê elaboração de apresentação no computador pelos participantes, além de trabalhos em sala de aula
Pontos do centro histórico de São Paulo como o Pátio do Colégio, o Parque da Luz e a Estação Júlio Prestes são alguns dos destinos que 40 professores da rede estadual percorrerão amanhã. A visita faz parte do Projeto TecnoTrilhas: Sampa em 4 Tempos, desenvolvido pela Diretoria de Ensino Centro-Sul, na capital, que realiza agora a sua 3ª edição. A iniciativa objetiva mostrar a importância histórica do centro e levar para as salas de aula projetos e atividades criativas que proponham novo olhar sobre a região. Outra finalidade é incentivar o uso da informática educacional - em princípio pelo professor e, depois, pelos alunos. O termo tecno se refere à aplicação da tecnologia de informática em sala de aula (2ª etapa do projeto), e trilha (parte inicial) é a caminhada, de oito horas, pelo centro paulistano. Os professores visitam a região e, em etapas posteriores, elaboram trabalho utilizando a informática. O assunto não precisa ser necessariamente o centro de São Paulo, mas deve ter algum tipo de relação com o que foi visitado.
Para o coordenador do TecnoTrilhas, Wagner Nicolau Santos, assistente técnico-pedagógico de História na DE Centro-Sul, o importante é o professor conhecer o software pedagógico utilizado no projeto e enxergá-lo como um recurso possível para o desenvolvimento de suas próprias atividades. Esse software é o Illuminatus, encontrado no acervo de algumas escolas da rede pública estadual. Semelhante ao PowerPoint, ele permite, por exemplo, a inserção de links para a abertura de outras telas e a utilização de texto, imagens, narração e música. "Se conseguir ver esse tipo de software como uma ferramenta importante, o professor tentará utilizar mais a sala ambiente de informática da escola. Assim, fará com que o aluno construa mais conhecimentos nessa área", acrescenta.
Cinco fases
O TecnoTrilhas se desenvolve em cinco encontros, de oito horas cada, num total de 40 horas. Atende a professores da DE Centro-Sul, das disciplinas de História, Geografia, Artes, Ciências e Biologia - as duas últimas buscando ver a cidade como meio ambiente onde o ser humano vive. As inscrições podem ser feitas na escola onde atuam ou na DE. A proposta, até o momento, está restrita a essa diretoria.
No primeiro encontro, os educadores conhecem o projeto e recebem informações sobre o trabalho relativo a patrimônio cultural, utilização de imagens e uso adequado da informática na Educação. A fase seguinte refere-se à caminhada por quatro núcleos histórico-culturais do centro, com duração de oito horas. As demais etapas destinam-se à construção (pelos professores) de apresentação no computador, com textos e fotos sobre os monumentos visitados. Para isso, recebem monitoria do assistente de História. O resultado esperado é que, de volta à sala de aula, o mestre, de acordo com suas possibilidades, aplique as propostas elaboradas usando ou não a informática. Com relação ao tema, pode optar também por trabalhar outro, não necessariamente a cidade de São Paulo.
O início da caminhada é na região da Sé - área que remete à fundação de São Paulo. Nesse trecho, os educadores visitam a catedral, o Pátio do Colégio e a Igreja do Carmo. Depois, seguem pelas ruas Boa Vista e Florêncio de Abreu em direção ao núcleo Luz, onde obtém informações sobre o Parque e a Estação da Luz e a Pinacoteca do Estado. No núcleo Anhangabaú, próxima escala, passam pelo Viaduto do Chá, Teatro Municipal e Shopping Light. Na última parte do trajeto, conhecem o núcleo República - construções como os edifícios Copan e Itália, a Praça da República, a Casa Caetano de Campos e o Largo do Arouche.
SERVIÇO
Os professores da DE Centro-Sul podem se inscrever para novas turmas, no próximo ano, na própria diretoria de ensino ou na escola em que atuam.
08/31/2006
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