Eletrosul inaugura nova hidrelétrica em Santa Catarina



O maior empreendimento de geração da Eletrosul, em Santa Catarina, em volume de recursos investidos até agora, foi inaugurado pela Diretoria Executiva da empresa, nesta segunda-feira (11). A Pequena Central Hidrelétrica (PCH) João Borges, que recebeu investimentos superiores a R$ 172 milhões, tem capacidade instalada de 19 megawatts (MW) – o suficiente para atender o consumo de aproximadamente 150 mil habitantes. Junto da PCH Barra do Rio Chapéu (15,15 MW), entregue no início do ano, a usina se constitui como importante reforço para o suprimento de energia do Estado.

Paralelamente, a empresa já se prepara para iniciar a construção de sua terceira hidrelétrica em território catarinense: a PCH Santo Cristo, que somará outros 19,5 MW à matriz elétrica. A solenidade de inauguração contou com a presença do governador em exercício Joares Ponticelli, prefeitos da região, representantes do Legislativo estadual e federal, da Embaixada e Consulado da Alemanha, além de executivos do banco de fomento alemão KfW.

A PCH João Borges, em operação plena desde julho, aproveita o potencial hidrelétrico do rio Caveiras, entre os municípios de São José do Cerrito, Campo Belo do Sul e Lages, na região serrana. Já a PCH Barra do Rio Chapéu fica no rio Braço do Norte, entre as cidades de Santa Rosa de Lima e Rio Fortuna. Foram investidos R$ 141 milhões nessa usina, que tem capacidade para atender ao consumo de 128 mil habitantes. A PCH Santo Cristo será construída entre Capão Alto e Lages, aproveitando o potencial hidrelétrico do rio Pelotinhas. O investimento previsto é de cerca de R$ 183 milhões e a capacidade de atendimento é de 143 mil habitantes, aproximadamente.

"Os investimentos em geração da Eletrosul, em Santa Catarina, estão alinhados à estratégia da empresa de se tornar referência em energias renováveis dentro do grupo Eletrobras e considera a vocação do Estado para esse tipo de aproveitamento hidrelétrico, em razão das características hídricas e de relevo", afirmou o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto. As duas PCHs já em operação são resultado do Acordo de Cooperação Brasil-Alemanha no Setor de Energia, firmado em 2008. As obras foram financiadas pelo banco de fomento KfW com recursos do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha.

Ainda na linha de investimentos em energias alternativas e renováveis, a Eletrosul está construindo o Projeto Megawatt Solar – uma usina fotovoltaica de 1 megawatt-pico (MWp), instalada na cobertura do edifício-sede e estacionamentos da Eletrosul, em Florianópolis. O investimento é de R$ 9,5 milhões, parcialmente financiado pelo KfW. A maior usina solar integrada a um prédio público terá capacidade de abastecer aproximadamente 570 residências, além de servir de base para pesquisas em geração fotovoltaica e estimular avanços no domínio da tecnologia no Brasil.

"Com esses empreendimentos, a Eletrosul retoma sua participação no mercado de geração e se consolida como uma empresa de energias renováveis, ajudando a manter a matriz energética brasileira como uma das mais limpas do mundo", acrescentou o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio.

Matriz elétrica

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a capacidade de geração em Santa Catarina, em empreendimentos em operação atualmente, é de 7,3 gigawatts (GW). A maior parcela dessa energia (74,35%) é proveniente de usinas hidrelétricas. As PCHs, com pouco mais de 506 MW de potência instalada, têm cerca de 7% de participação na matriz elétrica do Estado, quase o dobro da média nacional, que é de 3,66%.

As PCHs, eólicas e usinas à biomassa deverão responder por 21% da matriz elétrica nacional até 2022, segundo Plano Decenal de Expansão de Energia da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). "As usinas à biomassa, as pequenas centrais hidrelétricas e as usinas eólicas têm importância estratégica para o país pelos benefícios para o meio ambiente, pois, juntamente com as usinas hidrelétricas, são fontes renováveis de energia. A inclusão dessas fontes na matriz energética nacional atende as diretrizes definidas pelo Governo Federal de redução voluntária da emissão global projetada para 2020 (...)", argumenta a EPE no documento.

Transmissão

Em empreendimentos de transmissão, não só para escoar a energia dos novos empreendimentos de geração, mas para melhorar integração de Santa Catarina com o Sistema Interligado Nacional (SIN) e atender ao aumento da demanda por energia no Estado, a Eletrosul investiu e está investindo mais de R$ 1,23 bilhão. O montante considera obras já concluídas, realizadas a partir de 2003, e outras ainda em andamento, que têm previsão de término ainda para este ano, à exceção das ampliações das subestações Itajaí e Joinville Norte, cuja conclusão está prevista para 2014 e 2015, respectivamente.

Parque gerador

A Eletrosul está investindo cerca de R$ 8 bilhões em obras de geração de energia, incluindo a participação em projetos estruturantes para o País, como a Hidrelétrica Jirau (3.750 MW), em Rondônia, e a Hidrelétrica Teles Pires (1.820 MW), entre o Pará e Mato Grosso. A empresa já concluiu a construção de outros três empreendimentos hidrelétricos – as usinas Passo São João (77 MW), no Rio Grande do Sul, Mauá (363 MW), no Paraná, e São Domingos (48 MW), em Mato Grosso do Sul –, além das duas PCHs em Santa Catarina. Está investindo, ainda, em usinas eólicas no estado gaúcho, que somam 570 MW de capacidade. Considerando todos os investimentos, até 2015, a empresa terá 1,86 GW em ativos de geração.

 Fonte:

Eletrobras



12/11/2013 18:30


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