Em Manaus, senadores debatem modernização da Defesa Civil
A Comissão Temporária da Defesa Civil do Senado realizou em Manaus, na manhã desta sexta-feira (17), sua terceira audiência pública para colher sugestões ao Sistema Nacional de Defesa Civil. Entre as principais propostas apresentadas, está a criação de uma rubrica específica para o apoio das Forças Armadas no atendimento em caso de calamidades.
As peculiaridades climáticas da região também apareceram no debate. Dos 449 municípios da região Norte, 149 enfrentam atualmente algum tipo de ameaça climática. São secas, enchentes ou terras caídas, o que ocasiona desmoronamentos.
O encontro ocorreu na Assembleia Legislativa de Amazonas e reuniu representantes da Defesa Civil dos estados da região Norte. Estavam presentes o senador Jorge Viana (PT-AC), presidente da comissão, os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Casildo Maldaner (PMDB-SC), vice-presidente e relator, respectivamente, além dos senadores Eduardo Braga (PMDB-AM) e João Pedro (PT-AM). Participaram ainda do encontro o governador do Amazonas, Omar Aziz, e o vice, José Melo, além de deputados estaduais.
A exemplo do que ocorreu nas audiências anteriores - em Santa Catarina e no Rio de Janeiro -, os participantes reclamaram da falta de investimento em prevenção e da demora na liberação de recursos quando acontecem catástrofes.
- Temos que extirpar a burocracia que marca o setor de atendimento às vítimas de acidentes naturais - disse o senador Jorge Viana.
O senador Casildo Maldaner destacou a importância de reconhecer as peculiaridades de cada região:
- Nosso país tem uma diversidade climática muito grande. Temos que atentar para isso, investindo numa política de Defesa Civil eficaz e permanente - destacou.
O senador João Pedro também falou das diferentes demandas entre as regiões do país, ressaltando a importância de um fundo que garanta recursos para atendimento imediato.
O vice-presidente da comissão, Inácio Arruda, lembrou da necessidade de liberar verbas destinadas ao atendimento em caso de calamidades. Eduardo Braga classificou os fenômenos naturais que ocorrem no Amazonas a cada seis meses como "fatores previsíveis", mas lamentou que os governos estaduais não tenham gente suficiente para conter os problemas.
A comissão ainda tem duas audiências agendadas: em Recife (PE) e Campo Grande (MS).
17/06/2011
Agência Senado
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