Em sessão de homenagem, senadores destacam que Brasília não é apenas uma cidade administrativa



Na sessão especial que comemorou, nesta terça-feira (29), o 48º aniversário de Brasília, o senador Adelmir Santana (DEM-DF), autor do requerimento para a realização da homenagem, destacou que Brasília, apesar de ser reconhecida pelo "ousado" planejamento e pelas curvas arquitetônicas, também possui uma vida urbana, formada por manifestações culturais provenientes de todos os estados do país. O senador informou que Brasília já é a quarta cidade em população do Brasil - com qualidade de vida similar à de países europeus - e a terceira mais rica do país, com um Produto Interno Bruto (PIB) que representa 3,75% do PIB nacional.

- Brasília não está restrita à Esplanada dos Ministérios, ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto. Dizem que Brasília não tem gente, mas ela é formada pelo caldo de cultura de todos os estados que vieram para cá - destacou.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ex-governador do Distrito Federal, fez questão de comunicar a todos os brasileiros que não conhecem a capital que existe uma "Brasília real", normalmente desconhecida. O senador disse que não há, na cidade, apenas o presidente da República, os senadores, deputados e ministros, mas que existem também servidores públicos e trabalhadores da indústria, comércio e serviços. Esses, na opinião do senador, são os que constroem a cidade. Ele ressaltou ainda, que também existem pobres na capital da República e crianças - que, para o senador, investirão mais na cidade do que na capital.

- Que o Brasil saiba que eles [os pobres] existem porque esta é uma cidade brasileira e nelas há pobres nas esquinas; não temos esquinas, mas eles ficam onde as pessoas passam - observou Cristovam.

Trunfo e problema

Mesmo quem mora em Brasília, opinou o senador José Agripino (DEM-RN), não conhece a "realidade dura" das cidades-satélites e do entorno do Distrito Federal. Ele lembrou que Brasília cresceu e atualmente representa um "trunfo e um problema", uma vez que o desenvolvimento da cidade fez com que ela se tornasse um centro importante para o qual se dirigem pessoas de várias estados do país em busca de atendimento médico, bem como de melhores condições profissionais e de vida.

Para o senador Gim Argello (PTB-DF), Brasília representa o "encontro consigo mesma", uma vez que a cidade foi preenchida com o "calor humano dos homens e mulheres de todas as regiões do país". O senador informou que a cidade, projetada para cerca de 500 mil habitantes, hoje acolhe 2,5 milhões de pessoas e ainda atende a cerca de 1,5 milhões das cidades goianas que se localizam em volta do DF. Em sua opinião, Brasília demonstra que os brasileiros têm uma "infinita força de vontade" e capacidade de "tornar real o que não passa de um sonho".

Durante as homenagens, ainda, o senador Mão Santa (PMDB-PI) contou que a primeira cidade planejada do país foi Teresina, capital de seu estado, construída em 1852. Depois dela, informou, foram construídas Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG) e Palmas (TO), além de Brasília, inaugurada em 1960.

A sessão de homenagem foi iniciada com a interpretação do Hino Nacional pelo cantor Nilton Lima, acompanhado pelo tecladista José Cabrera. Os dois também apresentaram a música "Peixe Vivo", uma referência ao ex-presidente Juscelino Kubitschek. No encerramento, José Cabrera interpretou o Hino de Brasília. A cerimônia contou com a presença do governador e do vice-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e Paulo Octávio, respectivamente. Também estiveram presentes ao evento muitos pioneiros - pessoas que vieram de todos os estados, nas décadas de 1950 e 1960, para contribuir com construção da nova capital. Eles estiveram representados na Mesa pelo médico Ernesto Silva.

29/04/2008

Agência Senado


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