EMOÇÃO DOMINA VELÓRIO DE LUÍS EDUARDO NO CONGRESSO



Uma forte emoção dominou o velório do deputado Luís Eduardo Magalhães, durante a madrugada e parte da manhã de hoje (dia 22) no Salão Negro do Congresso Nacional. O parlamentar morreu de enfarte no início da noite de terça-feira (dia 21), no Hospital Santa Lúcia, em Brasília.

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, pai de Luís Eduardo, acariciava o rosto do filho, enquanto recebia as condolências do vice-presidente da República, Marco Maciel, dezenas de deputados e senadores, inúmeros governadores, ministros de Estado e do Judiciário, diplomatas de vários países, empresários e funcionários da Câmara e do Senado. A dor de Antonio Carlos foi compartilhada pelos amigos e aliados políticos que compareceram durante as quase nove horas de duração do velório no Congresso.

O corpo do deputado e líder do governo na Câmara dos Deputados chegou ao Salão Negro do Congresso à 1h10 da madrugada de hoje. O senador Antonio Carlos Magalhães ficou ao lado do corpo até as 3h, quando teve de retirar-se por insistência médica. Pouco depois das 8h, ele retornou ao velório, permanecendo ao lado do caixão até as 10 horas, quando uma guarda de honra de cadetes da Polícia Militar do DF levou o corpo de Luís Eduardo ao carro funerário, estacionado defronte à rampa do Congresso, que transportou o esquife até o aeroporto, onde embarcaria para Salvador.

Soldados do batalhão dos Dragões da Independência conferiram honras de chefe de Estado à passagem do cortejo pela rampa do Congresso, sob aplausos de autoridades e populares. Um total de 32 coroas de flores foram enviadas ao velório.

Também estiveram presentes, entre outras autoridades, os governadores Cristovam Buarque (DF), Antonio Brito (RS) e César Borges (BA), o empresário Roberto Marinho, seu filho Roberto Irineu Marinho e suas esposas, diversos diplomatas, entre os quais o embaixador dos Estados Unidos, Melvin Levitsky, o embaixador do Brasil em Washington, Paulo Tarso Flexa de Lima, e a embaixatriz Lúcia Flexa de Lima.

Após a saída do cortejo para o aeroporto de Brasília, acompanhadas por batedores da Polícia Militar, uma grande fila permaneceu no Salão Negro do Congresso Nacional para assinar o livro de condolências.

Para o sepultamento, viajaram a Salvador os senadores José Sarney (PMDB-AP), Josaphat Marinho (PFL-BA), Djalma Beça (PFL-BA), Pedro Simon (PMDB-RS), Geraldo Melo (PSDB-RN), Elcio Alvares (PFL-ES), José Roberto Arruda (PSDB-DF), Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), Romero Jucá (PFL-RR), Beni Veras (PSDB-CE), Hugo Napoleão (PFL-PI), Guilherme Palmeira (PFL-AL), Mauro Miranda (PMDB-GO), Iris Rezende (PMDB-GO), Ney Suassuna (PMDB-PB), José Alves (PFL-SE) e Gerson Camata (PMDB-ES).



22/04/1998

Agência Senado


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