Empresas assinam compromisso contra discriminação de gênero e raça nesta 3ª feira



Discriminações de gênero e raça que criam obstáculos para a contratação e ascensão de profissionais nas empresas receberão, na próxima terça-feira (22), uma resposta assertiva de empresas públicas e privadas. Sob a liderança da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM), 85 corporações vão assinar, em Brasília, o termo de compromisso da 4ª edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça.

Autonomia das mulheres e a igualdade de gênero são reconhecidas como um dos grandes objetivos na Declaração do Milênio

 

Essa etapa marca o início de um conjunto de ações, que pretendem transformar de maneira positiva a cultura das organizações. Entre elas, destacam-se: elaboração de plano de ação com metas para combater as discriminações de gênero e raça baseadas na realidade da empresa, monitoramento das mudanças previstas por comitê independente ligado a universidades, avaliação do cumprimento das metas e certificação. 

A novidade da 4ª edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça é a incorporação da dimensão racial. Pela primeira vez, o recorte racial se insere entre as estratégias para promover igualdade de oportunidades e de tratamento entre mulheres e homens nas organizações públicas e privadas por meio do desenvolvimento de novas concepções.

 

Participação de 830 mil pessoas em seis anos

A assinatura do termo de compromisso entre a SPM e as empresas terá a presença de presidentes de empresas de grande porte e influência no mercado nacional e internacional, a exemplo da presidenta da Petrobras, Graça Foster, e do diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek.

Também estarão presentes o diretor-presidente do Serpro, Marcos Vinícius Ferreira Mazoni; o advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams; a reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Maria José de Sena; o presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho; o diretor-presidente da CPRM - Serviço Geológico do Brasil, Manoel Barreto; o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná- Crea/PR ; Joel Kruger, entre outras autoridades.

A cada edição, o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça conquista mais adesões junto ao setor empresarial público e privado. A primeira edição, ocorrida em 2006, teve a participação de 15 empresas. Em 2007-2008, foram 23 corporações participantes e, nos anos 2009-2010, 58 empresas.

Além da ministra Eleonora e de presidentes de empresas e instituições públicas e privadas, a cerimônia terá a presença da ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros; do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; da representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo; e da representante da Organização Nações Unidas (ONU) Mulheres Brasil e Cone Sul, Rebecca Tavares. A cerimônia acontecerá na terça-feria (22), no auditório da Eletronorte, em Brasília.

 

Novas práticas e certificação

Desde a sua criação em 2006, o programa Pró-Equidade de Gênero e Raça reúne boas práticas que contribuíram para ambientes de trabalho mais igualitário. Entre as experiências, destacam-se: instalação de salas de aleitamento, ampliação das licenças maternidade e paternidade, adoção de linguagem inclusiva nos crachás e contra-cheques, adaptação de uniformes e equipamentos de proteção individual, estímulo nos contratos de trabalho da empresa inclusive com terceirizados à equidade de gênero, raça e etnia,  inclusão nos editais de concursos públicos dos temas equidade de gênero e diversidade entre os conteúdos programáticos, concessão aos pais do direito de trabalhar 30 horas semanais em caso de filhas ou filhos com deficiência física ou mental.

De lá para cá, mais de 80 empresas estiveram envolvidas e mobilizaram 830.000 homens e mulheres para combater as desigualdades de gênero no mundo do trabalho.

As instituições, empresas e organizações que aderem ao programa apresentam um plano de ações para a promoção da igualdade. Para receberem o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça, é preciso que coloquem em prática ao menos 70% das ações previstas no plano.

O selo representa o reconhecimento do trabalho feito pelas organizações no enfrentamento da desigualdade entre homens e mulheres no mundo do trabalho e evidencia publicamente o compromisso com a equidade de gênero e étnicorracial, com a promoção da cidadania e a difusão de práticas exemplares no mundo do trabalho para a efetivação da igualdade.

 

Fonte:
Secretaria de Políticas para as Mulheres



21/05/2012 17:52


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